Agência de Notícias do Amapá
portal.ap.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
LOCALIDADES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A

Órgãos de pesquisa do GEA conduzirão diagnóstico sobre impactos ambientais no Rio Araguari

O trabalho será executado pela Fapeap e Iepa com recursos da Ferreira Gomes Energia (FGE)

Por Redação
29/05/2017 17h30

O objetivo apontar as causas da mortandade de peixes no AraguariO objetivo apontar as causas da mortandade de peixes no Araguari

Instituições de pesquisa científica do Governo do Amapá auxiliarão na concepção do projeto de compensação e prevenção dos danos ambientais após a ocorrência de mortandade de peixes no Rio Araguari possivelmente causados pela atuação da empresa Ferreira Gomes Energia (FGE) na região.

A Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeap) e Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), à pedido do Ministério Público Federal (MPF), participarão de um Programa de Incentivo à Pesquisa para realizar estudos aprofundados sobre a atuação da FGE no Rio Araguari, de forma a apontar de maneira concreta e final a causa da mortandade de peixes.

O programa faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2016, no qual a empresa se compromete a compensar danos ambientais de sua responsabilidade, caso sejam detectados.

Como desdobramento do TAC, na última semana, um Termo de Compromisso e Responsabilidade foi assinado pela empresa com a Fapeap. O documento oficializa o início da execução dos trabalhos, que será financiado com recurso da Ferreira Gomes Energia no valor total de R$ 4.850.000,00, a ser pago em 12 parcelas anuais, sendo as duas primeiras na ordem de R$ 425 mil e as demais de R$ 400 mil.

Segundo a diretora-presidente da Fundação, Mary Guedes, a primeira parcela deve ser paga no mês de junho. O valor será aplicado na ampliação e melhor estruturação do Laboratório de Ictiologia do Iepa, especializado em biologia dos peixes, e para aparelhamento da Fapeap, visando a execução da pesquisa.

Chamadas públicas

Estando preparadas as duas instituições governamentais que que coordenarão as pesquisas, após o pagamento da próxima parcela, a ocorrer em 2018, serão lançadas chamadas públicas para que pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa e de ensino no Estado, à exemplo Universidade Federal do Amapá (Unifap), Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e Embrapa, manifestem interesse em participar do programa.

As linhas prioritárias de pesquisa foram elencadas e dentre elas estão os impactos ambientais causados pela hidrelétrica na bacia hidrográfica do Araguari, o monitoramento da qualidade da água do rio, estudo dos ecossistemas aquáticos ali existentes, ictiofauna, pesca e aquicultura e saneamento ambiental.

“Não há ainda a comprovação científica das causas da mortandade dos peixes. Queremos elucidar a questão. A pesquisa existe justamente para dar resposta científica à uma problemática, neste caso a mortandade dos peixes no Araguari que já ocorreu três vezes”, destacou Mary Guedes.  

A diretora-presidente ainda frisou que a partir dos resultados do projeto é que poderão ser compensados os danos ambientais e traçadas medidas eficazes para impedir nova ocorrência do evento, a curto, médio e longo prazo.

“Além dos impactos, vamos estudar o desenvolvimento sustentável para a região, na área de aquicultura, pesca, pecuária, produção de alimentos. Daí irão surgir novas alternativas para aquelas comunidades que foram impactadas e que tiveram a atividade da pesca, principalmente, prejudicada”, frisou Guedes.

 

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!