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Defesa Civil continua monitoração de municípios em situação de emergência

Nesta semana Vitória do Jari foi atingida pela cheia do rio que banha a sede do município.

Por Redação
01/06/2017 17h40

Mantimentos que seriam destinados às áreas já normalizadas foram redirecionados para Vitória do Jari, que enfrenta a cheia do Rio Jari.

A situação dos municípios de Porto Grande, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Calçoene e Laranjal do Jari, que decretaram emergência por conta dos problemas com as enchentes, começa a se normalizar, mas continuam sendo monitorados pela Defesa Civil Estadual.

De acordo com o secretário executivo da Defesa Civil Estadual, coronel Alexandre Veríssimo, em Porto Grande, a enchente atingiu principalmente a área rural, que foi amparada com ajuda humanitária.

Em Ferreira Gomes, as águas atingiram tanto a área rural quanto a urbana do município. A Defesa Civil está concluindo a entrega da ajuda humanitária enviada. Já em Tartarugalzinho, que pela primeira vez sofreu com enchentes, houve danos em uma ponte sobre o braço do Rio Carnot, onde o governo do Estado já iniciou os serviços de reparos.

Laranjal do Jari voltou à normalidade, mas ainda não foi concluída a distribuição da ajuda humanitária enviada ao município. “Contamos com o árduo trabalho do nosso grupamento, lá no município, para concluir logo em breve esta distribuição”, projeta Veríssimo.

Vitória do Jari

As atenções da Defesa Civil agora estão voltadas para Vitória do Jari, distante 166 km da capital, que esta semana sofreu com o aumento do nível das águas do Rio Jari. A prefeitura do município já encaminhou a documentação solicitando decretação de emergência. “Assim que detectamos a situação, conseguimos redirecionar algumas coisas que seriam disponibilizadas para outros municípios, que já estão normalizados, e encaminhamos para Vitória do Jari”, relatou o secretário executivo da Defesa Civil.

Veríssimo destacou, ainda, a importância do trabalho realizado pelo Comando Geral do Corpo de Bombeiros com as 16 prefeituras municipais. “O Estado, pela primeira vez, conseguiu reunir no início do ano e conversar com os prefeitos eleitos para mostrar a eles a importância de ter uma equipe de Defesa Civil municipal”, destacou.

A instituição planeja realizar, no próximo mês, uma capacitação para representantes das defesas civis municipais. Nesse encontro, deverão ser apresentados os procedimentos para mapeamento de áreas de riscos, como solicitar apoio para reconstruções e como elaborar planos de contingência para os municípios. “Temos municípios distantes e fica difícil chegar logo. É importante que eles saibam o que tem de ser feito de imediato”, ponderou.

Sinistros

De acordo com a Defesa Civil, as enchentes nos seis municípios amapaenses estão relacionadas ao fenômeno natural La Niña, que ocorre nas águas do Oceano Pacífico.  A principal característica desse fenômeno é o resfriamento (em média de 2ºC a 3°C), fora do normal, das águas superficiais nessas regiões. Como consequência, entre dezembro e fevereiro, há o aumento das chuvas na região amazônica, que causa efeitos colaterais ambientais ao Amapá.

Esta semana, dois geólogos da Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais (CPRM) do Estado do Pará estiveram em Macapá ministrando uma capacitação para os técnicos da Defesa Civil local. A principal pauta das discussões foi o conjunto de recomendações para analisar áreas de risco. Nos próximos dias, os geólogos devem seguir com uma equipe da Defesa Civil para o arquipélago do Bailique, distante 180 km de Macapá, onde deverão verificar de perto o fenômeno das terras caídas.

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