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Incidência de sífilis em gestantes no Amapá é maior na faixa de 20 a 34 anos

O tratamento oferecido pelo Estado é simples e importante para evitar complicações e que o bebê seja contaminado.

Por Redação
07/08/2017 11h19

A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, é uma doença de fácil prevenção, e o acesso precoce é essencial ao tratamento, não só para o recém-nascido, mas também para a gestante. Entre as notificações de casos de gestantes com sífilis registrados pelo Governo do Estado, um grupo específico tem se destacado, as que possuem idade entre 20 a 34 anos, que de janeiro a junho deste ano lideram o número de infectadas, com 32 casos. Com a idade de 10 a 19 anos foram 20 casos registrados, e cinco casos na faixa etária de 35 a 49 anos. Juntos, os dados apontam 57 infecções. 

Os casos são resultado de relações sexuais desprotegidas com pessoas infectadas, transfusão de sangue ou compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas. Em 2016 foram registradas 170 mulheres grávidas contaminadas com a doença. Destes, 92 dos casos são de gestantes na idade de 20 a 34 anos, 25 casos entre mães de 35 a 49 anos e 53 casos na faixa dos 10 a 19 anos.

Conforme a infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Helena Progenio, o tratamento para as gestantes é simples, feito com penicilina, e é importante para evitar complicações na mulher e para evitar que o bebê seja contaminado com a doença e tenha sífilis congênita.

"Não há tratamento diferenciado para as gestantes, sendo que o medicamento é indicado para qualquer paciente infectado com a sífilis, que é a de penicilina benzatina, medicamento conhecido pelo nome comercial de Benzetacil. Esse é o único medicamento capaz de impedir a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho", explica a médica. 

 

Sífilis 

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e pode se manifestar de forma temporária, em três estágios. Os principais sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura. Com o desaparecimento dos sintomas, o que acontece com frequência é as pessoas se despreocupam e não buscarem o diagnóstico e o tratamento.

Sem o atendimento adequado, a doença pode comprometer a pele, os olhos, os ossos, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso. E, se não tratada, a sífilispode até levar à morte.

A sífilis congênita é a transmissão da doença de mãe para o bebê, também conhecida como transmissão vertical. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte da criança.

O diagnóstico se dá por meio de exame de sangue, que deve ser prescrito no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no terceiro trimestre da gestação e repeti-lo antes do parto, já na maternidade.

Além da transmissão vertical, a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado e por transfusão de sangue contaminado. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção. (Fonte: Ministério da Saúde)

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