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Estado promove capacitação de controle e prevenção do tracoma

Será uma semana de aulas, na qual estes profissionais vão aliar a teoria à prática para diagnosticar a doença

Por Redação
14/08/2017 13h49

O primeiro momento é de aulas teóricas e nos dois últimos dias partirão para a prática com ações desenvolvidas na Escola Municipal Maria Bernadeth, no bairro Zerão, onde examinarão alunos de 5 a 15 anos.

 Governo em parceria com o Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira, 15, capacitação e treinamento com o objetivo de habilitar médicos, farmacêuticos e enfermeiros dos 16 municípios do Estado para o diagnóstico e tratamento do tracoma, além de executar atividades de campo visando promover medidas de controle e de prevenção da doença.

Será uma semana de instruções, na qual estes profissionais vão aliar a teoria à prática para diagnosticar a doença. O primeiro momento é de aulas teóricas e nos dois últimos dias partirão para a prática com ações desenvolvidas na Escola Municipal Maria Bernadeth, no bairro Zerão, onde examinarão alunos de 5 a 15 anos.

De acordo com o inquérito epidemiológico realizado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), em 2016 foram detectados 197 casos positivos da doença e 173 casos tratados, sendo que 5.714 pessoas foram examinadas no Estado.

Para o coordenador do evento, Carlos Cruz, a capacitação vai servir para que os profissionais tirem suas dúvidas e aprimorem seus conhecimentos sobre a doença. "Contamos com a ajuda dos profissionais do Ministério da Saúde que contribuirão durante toda a semana para a capacitação e, com isso, os profissionais dos municípios poderão disseminar o conhecimento adquirido em seus locais de trabalho", ressalta Carlos.

Tracoma

É uma doença oftálmica, infecto contagiosa e bacteriana. Uma variedade da Chlamydia trachomatis aloja-se na área interna da pálpebra resultando na formação de uma cicatriz e até em cegueira.

A forma de transmissão desta bactéria se dá pelo contato direto com secreções oculares, nasais e bucais do indivíduo afetado e, também, através de objetos que entraram em contato com as secreções de indivíduos contaminados. Até insetos podem funcionar como vetores mecânicos.

O período de incubação desta bactéria varia de 5 a 12 dias e, após este período, o indivíduo começa a apresentar sinais clínicos da doença, que são, inicialmente, lacrimejamento, descarga mucopurulenta, irritabilidade ocular. Quando a doença está mais avançada há a presença de cicatrizes na córnea e conjuntiva, levando há uma deformação das pálpebras, fazendo com que os cílios fiquem em contato direto com os olhos, prejudicando assim a visão. Há também inchado dos nódulos linfáticos que se localizam próximo aos ouvidos.

No tratamento o medicamento utilizado é a azitromicina e deve ser realizado adequadamente para que seja prevenida a cegueira.

A prevenção desta doença é feita através da adoção de hábitos adequados de higiene, como por exemplo, lavar o rosto das crianças com frequência, não compartilhar objetos de uso pessoal e boas condições sanitárias (fonte: Ministério da Saúde).

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