Famílias do Canal do Jandiá são transferidas para o Macapaba
Ação de reintegração deve durar dois dias. Desocupação faz parte de acordo de 2014 com a Justiça Federal
O Estado providenciou caminhões e profissionais para fazerem a mudança das famílias para o Macapaba
O governo do Estado preparou uma grande estrutura para dar apoio às famílias que começaram a ser retiradas, nesta segunda-feira, 25, de uma área no entorno do Canal do Jandiá, na zona norte de Macapá. A desocupação faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2014 entre os Executivos Estadual, Municipal e a Justiça Federal para reintegrar áreas invadidas à Infraero.
De acordo com o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), coronel Paulo Mathias, serão necessários pelo menos dois dias para o cumprimento da ordem judicial. O último levantamento feito pela Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (SIMS) e pela Defesa Civil mapeou 310 famílias vivendo em situação de risco no local.
As residências estão em um terreno que mede, aproximadamente, 50 mil metros quadrados. Além de pertencer ao sítio aeroportuário, a invasão está dentro da faixa de segurança do novo aeroporto de Macapá. Para evitar o retorno das famílias à área, a Justiça Federal determinou a demolição das casas e barracos sobre a ressaca do Jandiá. As passarelas de madeira também serão destruídas. Outra medida de contenção é a construção de uma mureta e uma calçada no entorno do canal, cujo projeto é feito pela Secretaria de Estado da Infraestrutura.
De acordo com a SIMS, das 310 famílias mapeadas, 144 já foram contempladas com apartamentos e casas no Conjunto Macapaba II, entregue recentemente pelo governo. Algumas já haviam se mudado para o conjunto. Mas outras, só deixaram o local nesta segunda-feira. Elas aproveitaram a estrutura disponibilizada pelo governo, com caminhões, ônibus e carregadores, para fazer a mudança.
O manobrista Diego Santos ajudou a carregar os pertences da mãe, Maria Oneide Santos, de 60 anos, contemplada no Macapaba II. A exemplo dela, ele também recebeu um apartamento no conjunto, mas já havia se mudado logo após a entrega. “Minha mãe não veio logo porque estava sem dinheiro para a mudança. Mas agora estou mais aliviado porque ela vai morar e melhor e em uma casa que é dela. Nós morávamos ali [na invasão do Jandiá] por necessidade”, avaliou.
Outras 52 famílias estão cadastradas no Programa Minha Casa Minha Vida, mas encontram-se com pendências documentais na Caixa Econômica Federal – agente financeiro do programa. A SIMS informou que negocia a situação delas junto à Caixa. O Estado também vai garantir aluguel social para mais 56 famílias.
O restante, 58 famílias, não demonstraram interesse em acessar o minha Casa Minha Vida e nem pelo aluguel social. Contudo, a SIMS levou uma equipe técnica, que ficará até o final da tarde desta segunda-feira na sede do Corpo de Bombeiros Militar da Zona Norte – próximo ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AP) – para dar encaminhamentos às famílias. Os atendimentos estão sendo feitos no auditório do prédio dos Bombeiros.
“Aquelas famílias que não estavam em casa no momento da visita dos assistentes sociais, serão atendidas hoje. Vamos garantir o aluguel social para todas aquelas que não tem para onde ir. Basta a família encontrar o local e nos informar”, garantiu a assistente social da SIMS, Marcele Costa.
A Polícia Militar deverá permanecer no local até o fim da desocupação.
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