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'Barco Extensionista’ levará políticas públicas às regiões ribeirinhas do Amapá

A primeira ação pretende realizar cerca de 400 atendimentos nas comunidades ribeirinhas de Mazagão.

Por Redação
13/10/2017 10h45

Os agricultores familiares, especialmente os ribeirinhos, contarão com mais um reforço no atendimento de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) através do “Barco Extensionista”, um investimento do Governo do Estado do Amapá (GEA), coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR).


A unidade móvel fluvial, com capacidade para 20 técnicos, está vinculada aos escritórios locais de extensão rural que atuam na região do estuário amapaense, e deve funcionar como suporte logístico nas atividades da extensão rural como, por exemplo, crédito rural, emissão de documentos; assistência técnica no manejo do açaí, bem como nas orientações de acesso às políticas sociais.


A primeira viagem do Barco Extensionista será no período de 17 a 21 de outubro, nos rios Ajuruxi e Ariramba. O barco ficará aportado em uma comunidade na Foz do Rio Ajuruxi, para prestar os atendimentos. Palestras, demonstrações de técnicas e outros serviços que demandem maior concentração de pessoas serão desempenhadas na Associação de Moradores do Baixo Cajari. No dia 19 acontecerá a solenidade oficial de inauguração do escritório fluvial de ATER, na Vila Maranata.


A partir do dia 20, as ações acontecerão às margens do Rio Ariramba, agregando comunidades ribeirinhas mais distantes, com apoio da associação de moradores local. 


A ação visa atender produtores destas regiões com diversos serviços, dentre eles emissão de Carteira de Identidade Rural, visitas técnicas a produtores em suas unidades de produção familiar para prestação de serviços de ATER; levantamento de informações para inclusão de beneficiários no Projeto de Assentamento Agroextrativista para o Instituto Nacional de Colonização Reforma Agrária (INCRA), orientações sobre os benefícios sociais disponíveis a agricultores, levantamento de campo para emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientações a agricultores e extrativistas sobre o Pronaf e o Fundo de Desenvolvimento Rural (Frap), vistorias e acompanhamento técnico referente às áreas de manejo de açaizais e outros cultivos, treinamentos práticos sobre a fabricação de filtros alternativos com material de baixo custo e orientação aos moradores sobre a importância do consumo de água filtrada para a saúde da família, informações às associações locais sobre editais de chamadas públicas e orientações sobre a forma de acessá-los.


A expectativa é que sejam realizados 400 atendimentos em 16 comunidades da região, sendo no Maracá: Rio Escadinha, Rio Soldado, Rio Curuçá, Furo do Maracá e Bom Jesus; e no Cajari serão assistidos produtores da Vila Maranata, Vila Canaã, Santo Antonio I, Santo Antonio II, Jesus de Nazará, Rio Chato, Rio Arraias, Rio Mulato, Vila Betel, Filadélfia e Vila do Nonato.


“Com esse instrumento, os produtores das regiões ribeirinhas mais distantes terão acesso aos nossos serviços. Nosso plano é que até 2018 todas essas comunidades ribeirinhas sejam assistidas”, afirmou Hélio Dantas, gestor do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap).


A unidade móvel fluvial deverá atender as regiões ribeirinhas do Bailique, Itaubal, Santana, Macapá, Mazagão e Vitória do Jari, dentro de um cronograma que deve se estender até o ano que vem.


Dantas também adiantou que o serviço pretende chegar às ilhas do Pará, por meio de cooperação técnica, e que o processo já está sendo formulado. Segundo o gestor, a atenção se dá devido à forte relação entre o Amapá e o Estado vizinho em vários aspectos, entre eles, o social.


As ações de assistência técnica e extensão rural empreendidas pelo Estado beneficiam diretamente 2.480 ribeirinhos, e para potencializar os serviços de ATER, o Barco Extensionista atuará de forma intersetorial e multidisciplinar. Uma excelente oportunidade para dinamizar o mercado, a partir da produção local, no qual os ribeirinhos também poderão ter mais acesso aos programas fundamentais de geração de renda, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), de uma forma ampliada.


A ação do governamental articula diversos órgãos do Poder Executivo do Estado, incluindo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Instituto Estadual de Floresta (IEF), de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa), do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial (Imap) e Universidade Estadual do Amapá (Ueap); com apoio de sindicatos e associações das regiões ribeirinhas do Amapá, Incra e Embrapa.

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