Barco Extensionista segue para a região ribeirinha de Mazagão
Nesta primeira ação, a unidade móvel fluvial levará políticas públicas para agricultores familiares de 16 comunidades.
Até sábado, a expectativa é de que sejam realizados mais de 400 atendimentos nas regiões ribeirinhas do Maracá e do Cajari
Com o intuito de reforçar o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) desenvolvido em todo o Estado, o Governo do Amapá investiu cerca de R$ 257 mil na aquisição do Barco Extensionista, que segue nesta terça-feira, 17, levando políticas públicas a agricultores familiares de 16 comunidades ribeirinhas do município de Mazagão. Esta primeira ação, coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), acontece até sábado, 21, às margens dos rios Ajuruxi e Ariramba.
Amanhã, 18, o barco ficará aportado em uma comunidade na foz do Rio Ajuruxi, para prestar os atendimentos. A ação iniciará às 8h. Palestras, demonstrações de técnicas e outros serviços que demandem maior concentração de pessoas serão desempenhados na Associação de Moradores do Baixo Cajari.
No dia 19 acontecerá a solenidade oficial de inauguração do barco, na Vila Maranata, com continuidade das ações em campo e no escritório fluvial. A partir do dia 20, as ações acontecerão às margens do Rio Ariramba.
Até sábado, a expectativa é de que sejam realizados mais de 400 atendimentos nas regiões ribeirinhas do Maracá (Rio Escadinha, Rio Soldado, Rio Curuçá, Furo do Maracá e Bom Jesus); e do Cajari (Vila Maranata, Vila Canaã, Santo Antônio I, Santo Antônio II, Jesus de Nazaré, Rio Chato, Rio Arraias, Rio Mulato, Vila Betel, Filadélfia e Vila do Nonato).
Atendimentos
A unidade móvel fluvial comporta 20 técnicos multidisciplinares, que prestarão diversos serviços essenciais no suporte e desenvolvimento do setor primário no Amapá.
Os atendimentos da ação contemplam: emissão de Carteira de Identidade Rural; visitas técnicas a produtores em suas unidades de produção familiar para prestação de serviços de ATER; levantamento de informações para inclusão de beneficiários no Projeto de Assentamento Agroextrativista para o Instituto Nacional de Colonização Reforma Agrária (Incra); orientações sobre os benefícios sociais disponíveis a agricultores; levantamento de campo para emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP); orientações a agricultores e extrativistas sobre o Pronaf e o Fundo de Desenvolvimento Rural (Frap); vistorias e acompanhamento técnico referente às áreas de manejo de açaizais e outros cultivos; treinamentos práticos sobre a fabricação de filtros alternativos com material de baixo custo e orientação aos moradores sobre a importância do consumo de água filtrada para a saúde da família; informações às associações locais sobre editais de chamadas públicas e orientações sobre a forma de acessá-los.
Trabalho contínuo
O gestor do Rurap, Hélio Dantas, reforçou que a execução do projeto será contínua. “Em toda a região do estuário amapaense o barco estará navegando para levar as políticas públicas do Governo do Estado e parceiros. Estamos desenvolvendo um cronograma de ações e a previsão é de que no próximo mês o barco alcance os produtores do distrito do Bailique”, anunciou.
O Barco Extensionista foi construído para ser escritório móvel em apoio aos escritórios locais das regiões do Bailique, Itaubal, Macapá, Santana, Mazagão, Laranjal e Vitória do Jari, que assistem o estuário amapaense. Até 2018 as ações devem beneficiar todas estas regiões.
O projeto será um meio essencial para dinamizar o mercado local e potencializar a produção, uma vez que dentre os vários benefícios gerados, os ribeirinhos terão maior acesso a programas de geração de renda, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Uma cooperação técnica entre o Amapá e o Pará também está sendo formulada, para que os serviços do Barco Extensionista alcancem também ilhas do estado vizinho.
Demais órgãos do Poder Executivo contribuem com a ação, como a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), Instituto Estadual de Floresta (IEF), de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa), do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial (Imap) e Universidade Estadual do Amapá (Ueap). Os sindicatos, cooperativas e associações destas localidades também são parceiros, bem como o Instituto Nacional de Colonização Reforma Agrária (INCRA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que junto ao Iepa executará atividades correlatas na transferência de tecnologias nestas regiões.
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