Missa dos Quilombos marca o Dia da Consciência Negra no Amapá; veja fotos
Outras eventos que também farão parte da festividade são o Rufar dos Tambores , concurso de beleza, shows musicais, cultos afro e workshop
A celebração reuniu mais de 5 mil pessoas que cantaram e dançaram durante toda missa.
Fé e tradição definiram a Missa dos Quilombos deste ano, celebrada no Centro de Cultura Negra do Amapá na noite dessa segunda-feira, 20, Dia da Consciência Negra. O evento marca oficialmente a abertura do XXII Encontro dos Tambores, que acontece no período de 20 a 29 de novembro e é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA). A celebração reuniu mais de 5 mil pessoas que cantaram e dançaram durante toda missa. A programação tem o apoio direto das Secretarias de Estado de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) e de Cultura (Secult).
A solenidade religiosa mais uma vez foi conduzida pelo Padre Paulo Roberto e contou com a participação de diversos grupos de dança de matriz africana que fazem parte das comunidades quilombolas do Estado. Este ano durante a solenidade foi feita uma homenagem com cânticos e danças para senhora Raimunda Ramos, uma das pioneiras do movimento negro no Amapá, que faleceu no mês de outubro.
O público participou do culto dançando e cantando. A integração das bandeiras, imagens de santos, roupas brancas, saias floridas, bíblias e muitos adereços nas roupas dos líderes religiosos mostrava que a intenção era celebrar a tradição.
A secretaria de Políticas para Afrodescendentes (Seafro), Núbia de Souza, destacou que momento é de homenagem a Zumbi dos Palmares, que foi líder do Quilombo dos Palmares e o Estado não poderia deixar de apoiar.
“É uma satisfação participar dessa manifestação cultural. Não podemos deixar de lembrar de Zumbi e nós como representantes de uma instituição não poderíamos ficar sem fora e felizmente com apoio de todos conseguimos realizar a festa”, concluiu.
O secretário de Cultura do Estado, Dilson Borges, falou da união entre Estado e segmentos dos movimentos negros para a realização dos eventos. “Com muitas dificuldades e esforço mútuo conseguimos organizar as festividades do mês da Consciência Negra podemos afirmar que a missa é o pontapé inicial”, declarou.
O presidente da União dos Negros do Amapá (UNA), Yuri Soledade, mostrou-se satisfeito com a festa e que a tradição seja seguida não só pelos povos de matriz africana, mas, por todos que são a favor da valorização cultural. “O evento juntou num só espaço representantes da umbanda, candomblé, tambor de mina e catolicismo. Isso é uma demonstração de respeito que o Amapá mostra para todo o país”, descreveu.
A celebração da missa atrai um público eclético e outros municípios do Amapá. José dos Santos, 56, aposentado e morador de Porto Grande, veio a passeio à Macapá e aproveitou para conhecer a festa religiosa. “Sempre tive vontade de participar desta missa e hoje consegui acompanhar toda solenidade. Estou contente em conhecer um pouco mais da nossa cultura”, disse.
Após o termino da celebração iniciou o tradicional Encontro dos Tambores, que segue até o dia 29 deste mês, no Centro de Cultura Negra do Amapá. O evento vai contar com a apresentação das 55 comunidades quilombolas tradicionais do Estado.
Durante os 10 dias de programação acontecerão diversos eventos. Um dos movimentos que antecedeu a Missa dos Quilombos foi a caminhada Zumbi, que chama a atenção para as lutas das comunidades negras do Amapá.
A programação inclui a Feira Afroétinica, concebida para criar oportunidades de negócios para as comunidades tradicionais por meio da venda de artesanato e alimentos, que acontece de 25 a 30 de novembro.
Outras atrações que farão parte da festividade são o Rufar dos Tambores, concurso de beleza, shows musicais, cultos afro (tambor de mina e candomblé), workshop com o tema “O negro no contexto político, social e econômico”, entre outras atividades relacionadas à cultura e à história da população afrodescendente. O evento também homenageará a UNA, que comemora 31 anos de existência em 25 de novembro.
Programação do Encontro dos Tambores
21 de novembro (terça-feira)
18h – Batalha de hip-hop;
19h – Apresentação das comunidades;
22h – Concurso Mais Belo e Mais Bela Negra do Amapá.
22 de novembro (quarta-feira)
19h – Cultos Afro (Tambor de Mina e Candomblé).
23 de novembro (quinta-feira)
16h – Oficina de Percussão;
19h – Movimento Abraça UMA.
24 de novembro (sexta-feira)
16h – Oficina de Percussão.
25 de novembro (sábado) – Aniversário da UNA
6h – Alvorada com fogos;
8h – Café da manhã;
9h – Workshop: O negro no contexto político, social e econômico;
19h – Rufar dos tambores, parabéns e corte do bolo;
20h – Show com a banda Afro Brasil
26 a 29 de novembro
- Visita de escolas estaduais e municipais;
- Apresentação das comunidades.
25 a 30 de novembro
- Feira Afroétinica
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