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Convênio vai permitir capacitação de profissionais da Educação em práticas restaurativas

Após capacitação, os profissionais vão formar multiplicadores de práticas restaurativas nas escolas estaduais de Santana.

Por Caroline Mesquita
18/12/2017 21h42

Com assinatura do convênio, cerca de 80 profissionais da Educação serão capacitados em práticas restaurativas

Para promover a cultura da paz, estimular a resolução de conflitos e melhorar o ambiente escolar, o Governo do Estado Amapá (GEA), por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Ministério Público Estadual (MP-AP) e Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) assinaram convênio nesta segunda-feira, 18, na Escola Rodoval Borges, que vai garantir a formação de profissionais da Educação no curso de facilitadores de práticas restaurativas. O projeto será realizado nas escolas estaduais de Santana e capacitará 80 educadores.

O objetivo é aplicar nas escolas valores e metodologias da justiça restaurativa, pacificando as relações e exaltando o diálogo, a comunicação não violenta, a tolerância, solidariedade e compreensão como métodos de resolução de conflitos, e colaborando, também, com a diminuição da evasão escolar ocasionada por atitudes discriminatórias e preconceituosas.

De acordo com a secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, o curso permite desenvolver competências socioemocionais, para tornar o ambiente escolar mais acolhedor e estimular mudanças nas pessoas, transformando não apenas a escola, mas a comunidade como um todo. “É possível tornar Santana uma cidade restaurativa por meio das escolas. Vamos implantar a cultura da paz e despertar em cada unidade escolar todo o potencial que ela possui”, ressalta.

Para a juíza Larissa Norinha, titular na Vara da Infância e Juventude de Santana, é necessário que todos estejam engajados no projeto. “Não há soluções mágicas para os problemas, temos que propor mudanças. É possível melhorar as relações interpessoais entre alunos, professores, funcionários e familiares”.

A promotora de Justiça Silvia Canela, coordenadora do Núcleo de Práticas Restaurativas de Santana, ressalta a importância de implantar nas escolas o sentimento de pertencimento. “Quando você se sente parte de um lugar, você não destrói. Precisamos mudar nossa forma de pensar, quebrar paradigmas e construir relacionamentos saudáveis diariamente”, reforça.

Após a capacitação, os educadores irão às escolas para formar os multiplicadores de práticas restaurativas. Estiveram presentes o procurador-geral de Justiça do MP-AP, Márcio Alves,  o presidente do TJAP, desembargador Carlos Tork, e o secretário municipal de Educação de Santana, Ricardo dos Santos Junior.

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