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Arrecadação em feiras do agricultor cresce 30% em um ano

Faturamento foi de R$ 42,3 milhões em 2017. Mais de 15 mil agricultores recebem suporte técnico do governo para escoamento da produção.

Por Redação
01/02/2018 13h45

O Estado providencia espaço, transporte e logística para agricultores de 301 comunidades escoarem seus produtos.

Os agricultores amapaenses comemoram as boas vendas de produtos agrícolas em 2017. Levantamento da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) aponta arrecadação de R$ 42,3 milhões, no período de janeiro a dezembro do ano passado. R$ 9,7 milhões a mais do que o faturamento de 2016, quando a arrecadação alcançou R$ 32,6 milhões. O aumento representa 29,75%.

Os dados da SDR mostram que o aumento na arrecadação está relacionado à subida no preço de alguns produtos. Essa elevação apresentou uma variação de centavos a quase dois reais. É o caso do litro da farinha de mandioca, um dos produtos de maior consumo no Amapá, que aumentou R$ 1,50 de um ano para o outro. Enquanto, em 2016, o litro custava R$ 4,30, em 2017 esse valor subiu para R$ 5,81. Com isso, cada produtor faturou R$ 6,1 mil nas feiras com a venda de farinha durante todo o ano passado – R$ 1,2 mil a mais que em 2016, quando o faturamento foi de R$ 4,8 mil, por produtor.  

Outro produto que também apresentou aumento no preço foi o amido de mandioca, que os amapaenses usam para fazer as conhecidas tapioquinhas e beijus. O valor do quilo cobrado pelos feirantes, em 2016, foi R$ 3,95 e, em 2017, subiu para R$ 5,66. Um aumento de R$ 1,71. De um ano para o outro, cada produtor faturou em torno de R$ 1 mil a mais com a venda tapioca. Pois, em 2016, o faturamento individual foi de R$ 807 e, no ano passado, R$ 1,8 mil. O cheiro verde, o ovo e a pimenta de cheiro também estão entre os produtos que tiveram alteração nos preços.

Suporte técnico

O coordenador de agronegócio da SDR, Carlos Magno, salientou que mais de 15 mil agricultores de 301 comunidades de todo o Amapá são atendidos pelo governo. O Estado providencia espaço, transporte e logística para ajudar no escoamento da produção rural, dando condições para que alimentos de qualidade e com preço acessível cheguem à mesa do cidadão amapaense.

“Esse resultado mostra um fluxo de venda positivo para o setor agrícola que, além de aquecer a economia local, é uma fonte de renda para milhares de trabalhares que vivem da agricultura”, frisou Carlos Magno.

São mais de 200 produtos orgânicos comercializados nas feiras da capital e do interior do Estado, entre eles, legumes, verduras, frutas, hortaliças, farinha de macaxeira, farinha de mandioca e seus derivados como o tucupi e a tapioca, além de açaí, maniçoba, queijo, galinha caipira, peixes e outros tipos de alimentos.

Entre as comunidades que comercializam seus produtos nas feiras do agricultor, em Macapá, estão Corre Água, Santa Luzia do Pacuí, Cajari, Ponta Grossa, Assentamento Bom Jesus, São Tomé, Colônia Agrícola do Matapí, Perimetral Norte, Tracajatuba I, São Joaquim do Pacuí, Livramento, São Benedito, Ponte do Vila Nova, São Sebastião da Boa Vista, Gurupora, Lontra da Pedreira e outras. Agricultores de 15 municípios participam das feiras, com exceção dos produtores de Oiapoque por causa da distância.

Em Macapá, os consumidores podem adquirir os alimentos agrícolas na Feira do Produtor Rural, no bairro Buritizal, zona sul da cidade; na feira do Jardim Felicidade I e na feira do Pacoval. Elas funcionam às terças-feiras e quintas-feiras das 8h às 19h. A feira do agricultor do município de Santana fica na Avenida Santana e funciona todas as segundas-feiras no mesmo horário de 8h às 19h.

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