Lei de Informática pode reaquecer mercado de Tecnologia da Informação no Amapá
Investimento de fabricantes de bens de informática aplicados em pesquisa e inovação pode reascender a procura por profissionais do segmento.
Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Rafael Pontes, explicou os benefícios que o setor de TI no Amapá terá com a Lei de Informática
A inserção do Amapá na Lei de informática da Zona Franca de Manaus (ZFM) pode reativar a geração de empregos na área de Tecnologia da Informação (TI) no Estado.
A legislação determina que fabricantes de bens de informática das Zonas Francas e Áreas de Livre Comércio (ALC) invistam 5% do seu faturamento bruto em projetos de pesquisa e desenvolvimento de institutos tecnológicos sem fins lucrativos localizados na Amazônia Ocidental e, agora, o Amapá. Segundo a Superintendência da ZFM (Suframa), os recursos disponibilizados por esta lei chegam a uma média anual de R$ 500 milhões.
Para o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Rafael Pontes, a Lei de Informática pode reverter a estática a que o setor foi submetido por fatores como a falta de investimentos em pesquisas. “Atualmente, temos uma grande quantidade de profissionais de TI desempregados no Estado. Mas essa lei pode reoxigenar o segmento, pois para desenvolver suas pesquisas financiadas através da Lei de Informática, os institutos poderão contratar profissionais, seja para executar projetos, capacitar ou formar outros profissionais”, analisa o secretário.
Segundo ele, com os institutos acessando os recursos da Lei de Informática, além de novos postos de trabalho, novos negócios e um novo setor na economia amapaense podem alavancar outros setores, como a saúde, educação, pecuária, agronegócio, entre outros. “Quando você tem investimento em pesquisas, você desenvolve novas tecnologias para criar mecanismos que facilitem demandas sociais, como a saúde e a educação, por exemplo”, explicou Pontes.
Contudo, segundo ele, para que o mercado de TI seja reaquecido, diversas ações devem ser implementadas pelo governo, em parceria com iniciativa privada. Para o secretário, é a integração entre o mercado privado, as universidades, institutos de educação e pesquisas e o governo do Estado que vai permitir ao Amapá acessar os benefícios disponibilizados pela lei.
“Ainda este ano, o governo vai lançar incentivos para a criação de Institutos de Ciência e Tecnologia, para que a área da pesquisa dê uma alavancada a partir dos recursos da Lei de Informática. Estamos trabalhando nisto dentro do marco legal da Ciência e Tecnologia, para prever parcerias público-privadas com o mínimo de burocracia”, explicou o secretário.
Indústria 4.0
Com o mercado de TI reaquecido, o Estado terá a base tecnológica para começar a implantar e consolidar a nova cultura industrial difundida no mundo nos últimos seis anos, a Indústria 4.0, tendência econômica mundialmente conhecida como a 4ª Revolução Industrial.
A Indústria 4.0 pode ser definida como uma intercomunicação de máquinas, sistemas automatizados e softwares, por toda a cadeia produtiva de uma determinada manufatura – desde o processo de extração de matéria-prima até a fabricação do produto final. Isto significa que as indústrias devem criar redes inteligentes ao longo de determinada cadeia produtiva para controlar os módulos da produção de forma autônoma e customizada. Para isso, é necessária tecnologia de ponta, inovações nos campos de automação, controle e tecnologia da informação para serem aplicados nos processos industriais de manufatura.
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