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Bloco A Banda arrasta 170 mil brincantes pelas ruas de Macapá

Governo do Estado garantiu apoio ao evento, com trios elétricos, banheiros químicos e segurança.

Por Redação
13/02/2018 18h30

Milhares de pessoas participaram do desfile do tradicional bloco de rua, nesta terça-feira

Há 53 anos, A Banda percorre as ruas do Centro de Macapá, mantendo a cultura e tradição da Terça-feira Gorda de Carnaval. Neste dia 13 de fevereiro, cerca de 170 mil brincantes participaram com muita irreverência e alegria do bloco que recebeu apoio do Governo do Estado do Amapá (GEA) para a sua realização.

Sua marca registrada são os bonecos gigantes “Cutião”, “Chicona”, “Ari”, “Anhanguera” e “Iracema”, que encantam e animam a população. Este ano, os bonecos saíram do Centro Sociocultural e Educacional José Figueiredo - inaugurado também com apoio do GEA em dezembro de 2017 - que funciona como unidade integrada ofertando serviços de saúde, educação, tecnologia e qualificação profissional.

O governador Waldez Góes prestigiou o maior bloco de sujos do Norte do País, que além de diversão, fantasias irreverentes e animação, é sinônimo de democracia e respeito à diversidade, além de gerar emprego, renda, e fomentar a economia local.

“A Banda é a maior manifestação popular do carnaval amapaense e uma das maiores do Brasil. Há quase 30 anos prestigio o bloco na condição de agente político e de cidadão, sobretudo. É um dever de todos prestigiar e se apropriar desse evento que é sinônimo de respeito à cultura, às raízes da nossa gente. É geração de emprego e renda, aquecimento na economia, é alegria, é folia”, enfatizou o governador.

Apoio

Através de Pregão Eletrônico por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o GEA garantiu apoio logístico para eventos carnavalescos em vários municípios do Estado. Para A Banda, especificamente, o apoio foi com seis trios elétricos e 48 banheiros químicos, sendo oito deles para pessoas com necessidades especiais.

Os brincantes também contaram com aparato de segurança da Polícia Militar do Amapá (PM/AP), que atuou no bloco com efetivo de 361 policiais, 17 viaturas, 21 motocicletas, e elevados, posicionados estrategicamente na concentração, durante, e no fim do percurso. O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP), a Polícia Civil do Amapá e outros órgãos também atuaram pela segurança da população.

Maria Artemise, 60 anos, professora, é natural da Paraíba, mas se declara amapaense de coração. Ela contou que faz questão de prestigiar o bloco todos os anos com seus familiares e amigos.

“Todos os anos o nosso ponto de encontro é na esquina do Mercado Central. Nasci na Paraíba, mas adotei o Amapá como meu Estado há mais de 30 anos e desde então, prestigio A Banda, essa festa linda, que a cada ano está melhor organizada e podemos aproveitar com segurança”, relatou Maria.

O geólogo Willy Santos Alves, 30 anos, participou d’A Banda pelo segundo ano consecutivo. Ao lado da namorada, também fantasiada de egípcia, não poupou elogios ao carnaval amapaense. “Sou baiano e moro no Amapá há dois anos. Essa é uma festa fantástica da qual qualquer pessoa pode participar, não tem corda, não tem abadá, é uma festa bonita e democrática. Esse é o verdadeiro espírito do carnaval”, considerou Willy.

Emprego e renda

A Banda também é sinônimo de oportunidade. Diego da Silva, 20 anos, aproveita todos os anos para comercializar adereços de carnaval no percurso do bloco. “A Banda é um evento muito esperado, em que eu além de me divertir, aproveito para garantir uma renda extra e driblar a crise”, contou o jovem.

Francisca das Chagas, 63 anos, também aproveitou o evento para comercializar bebidas. Ela já trabalha com isso diariamente, mas quadruplicou a quantidade de produtos para o percurso do bloco. “Já vendi mais do que costumo vender em dias normais de trabalho. Tenho certeza que será um grande incremento que fará toda a diferença na minha renda familiar”, comemorou Francisca.

Cultura e Tradição

A Banda é Patrimônio Cultural do Município de Macapá e Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado do Amapá, tombado nos anos de 2006 e 2012 respectivamente. José Figueiredo Souza, 78 anos, o “Savino”, é organizador geral do evento e um dos fundadores do bloco. Ele considerou de extrema importância o apoio de diversos parceiros, dentre eles o governo, para que se perpetue a tradição de mais de meio século do bloco.

“O prazer e a satisfação se renovam a cada ano que A Banda sai nas ruas. A Banda é do povo, reúne os diferentes, é sinônimo de confraternização, felicidade e valorização da cultura amapaense, que não pode morrer jamais”, salientou Savino.

Conscientização

Pelo segundo ano, o “Bloco Responsa”, idealizado pelo Departamento de Trânsito do Estado do Amapá (Detran-AP), agregou-se à Banda chamando a atenção dos brincantes para a responsabilidade ao volante, que deve ser constante e até reforçada em períodos festivos como o carnaval.

“Buscamos, de uma forma divertida, reforçar a responsabilidade e os cuidados que os condutores devem ter ao volante. Atenção redobrada, não combinar álcool e direção, são exemplos de posturas importantes para salvaguardar a sua vida e de todos ao seu redor”, concluiu Maciel.

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