Diagnósticos positivos de HIV em grávidas caem no Amapá
De acordo com Centro de Testagem e Aconselhamento do Serviço de Assistência Especializada, grande parte das gestantes não faz o teste de HIV durante o pré-natal
“O fato de algumas delas não realizarem o teste acarreta a chamada transmissão vertical, ou seja, o vírus do HIV instalado no organismo da mãe passa para o feto no útero, ou para o recém-nascido durante o parto e pode ser transmitido até mesmo através da amamentação”, disse Rodiene Silva, coordenadora da CTA/SAE.
A taxa de transmissão do HIV de mãe para filho durante a gravidez, sem qualquer tratamento, pode ser de 20%. Nas situações em que a gestante detecta a infecção e segue todas as recomendações médicas durante a gravidez os riscos de infecção do bebê reduz para níveis menores que 1%, conforme o Ministério da Saúde.
As mulheres grávidas detectadas com HIV durante o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em alguma intercorrência no Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), são encaminhadas para o CTA/SAE. No local são acolhidas e iniciam o tratamento com os medicamentos que previnem a transmissão para o feto e são acompanhadas durante o restante do tempo de gravidez, parto e a amamentação.
Rodiene explicou que os bebês de mães soro positivas recebem um xarope de profilaxia, logo ao nascer, e aos 18 meses de vida fazem a verificação da sorologia. "Tendo a mãe realizado o tratamento de forma correta e o bebê recebido o xarope, grande parte dessas crianças não desenvolve o HIV”, ressaltou.
O SAE também faz a distribuição de um leite em pó especial para bebês, já que a mulher que tem o HIV não pode amamentar, em decorrência do risco de transmissão do vírus através do leite materno. O alimento é especifico por faixa etária, sendo leite número 1, oito latas por mês, para bebês até os seis meses; leite número 2, quatro latas por mês para crianças de seis meses a um ano. Atualmente 192 crianças são atendidas por este benefício.
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