Psicóloga alerta sobre linguagem usada pela imprensa na divulgação de suicídios
Orientação é que o assunto não seja abordado como caso de polícia ou epidemia e, sim, como uma questão de saúde pública.
Orientações foram repassadas aos profissionais de comunicação durante seminário nesta quinta-feira, 1º, em Macapá
A psicóloga Thayna Mourão orientou profissionais de comunicação do Amapá sobre a linguagem adequada na divulgação de notícias sobre suicídio. Ela disse que o ideal é divulgar a informação de forma que o público se sensibilize e procure ajuda. E que o assunto não seja abordado como um caso de polícia ou uma epidemia e, sim, como uma questão de saúde pública.
"Uma linguagem inadequada pode trazer consequências negativas, como o surgimento de novos casos. É preferível que não se exponham as razões, métodos e descrição de detalhes de como ocorreu o suicídio”, orientou a psicóloga.
Thayna orientou, ainda, que os jornalistas evitem dar destaque para esse tipo de informação nos noticiários, como colocar o tema em capas de jornais ou chamadas de telejornais. “Se não for para explorar o tema como forma de incentivar que a população procure ajuda, o ideal é não dar destaque”, reforçou.
A orientação, também segue um contexto nacional para que as informações noticiadas pela mídia, sejam seguidas de meios preventivos, como se atentar às palavras, frases e comportamentos, principalmente depressivos, de alguém que já esteja pensando em tirar a própria vida.
As orientações foram repassadas nesta quinta-feira, 1º, durante o I Seminário Suicídio: Divulgando Para Prevenir, promovido pelo Governo do Amapá, no auditório do Ministério Público do Estado (MP/AP), em Macapá.
O evento foi organizado pela Rede de Atenção Psicossocial (Raps), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), para alertar os profissionais de comunicação, sobre o tema como pauta jornalística.
Estatísticas
Dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), apontam que, entre os anos de 2015 a 2017, foram registrados 154 casos no Amapá. Em relação às tentativas de suicídio, os dados revelam aumento de 308%, o que levou a SVS a emitir um alerta sobre o problema, no fim do ano passado.
Assistência
O trabalho de assistência e acolhimento para os casos que são identificados nas unidades hospitalares, são direcionados para os Centros Psicossociais (Caps) do estado que, também, recebem os casos de apoio à população que procura o serviço.
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