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Secretaria de Saúde qualifica profissionais para reforço do atendimento no pré-natal

Acompanhamento das pacientes durante a gestação evita complicações na hora do parto; qualificação foi para profissionais da atenção básica.

Por Redação
04/04/2018 12h15

Seminário teve a presença de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e acadêmicos da saúde no auditório do Sesi

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está qualificando os profissionais da área para fortalecer o atendimento de gestantes na atenção básica. A qualificação é para que os profissionais reforcem às pacientes, sobre a importância do pré-natal e se evitem mortes maternas.

Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que, entre 2011 e 2015, o Amapá registrou 47 óbitos maternos, sendo que, 92% deles, estão ligados a razões obstétricas diretas, como abortos involuntários e doenças durante a gestação, que podem ser tratadas e evitadas, se detectadas no pré-natal.

É no pré-natal que a gestante recebe toda a assistência necessária para garantir a saúde dela e do bebê, inclusive no puerpério, que é o período em que o corpo da mulher retorna ao estado pré-gravidez.

O enfermeiro Aldecy Serrão, um dos que palestrou aos participantes da qualificação nesta terça-feira, 3, no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Macapá, falou que o acompanhamento da gestante é de extrema importância, não apenas para a mulher, como também, para o profissional na hora do parto.

"É no pré-natal que é feita a primeira consulta e todos os exames para detectar se é uma gestação de baixo ou alto risco. E até para saber que tipo de parto a paciente será submetida. Todos esses momentos são de extrema importância e essenciais para prevenir e evitar um aborto involuntário, por exemplo, ou uma eclâmpsia e pré-eclâmpsia, que podem ser revertidas com o simples cuidado com a pressão arterial", explicou Aldecy Serrão.

O seminário foi realizado pela Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde da Sesa e buscou envolver médicos, enfermeiros e técnicos, que atuam na atenção básica dos municípios. Para a coordenadora, Rosiane Pereira, a intenção é qualificar para atingir o público-alvo com medidas mais eficazes quanto à importância de fazer corretamente o pré-natal.

“Nós sentimos a necessidade de focar nesse tema pelos nossos índices epidemiológicos relacionados à mortalidade, que nos mostram a relação direta com o pré-natal. Tem muitas mães que chegam à maternidade sem nenhuma consulta realizada e quando fazem, são duas ou três. Mas, o recomendado são seis, no mínimo”, explicou a coordenadora de Políticas de Atenção à Saúde da Sesa, complementando que o risco de a gestante entrar em trabalho de parto e apresentar complicações irreversíveis, aumenta quando ela não faz o pré-natal, corretamente.

O seminário também dá subsídio a capacitações que serão feitas nos municípios para referenciar a gestante da melhor forma, de modo que o acesso ao serviço aconteça regularmente.

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