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UPA da Zona Sul registra 1.046 atendimentos nos primeiros quatro dias de funcionamento

Desse total, 55% dos atendimentos eram de baixa complexidade e poderiam ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde.

Por Redação
23/05/2018 19h31

Média diária de atendimentos na UPA da Zona Sul é de 261, acima da expectativa, que era de 150 por dia

Inaugurada na última sexta-feira, 18, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul realizou, nos primeiros quatro dias de funcionamento, 1.046 atendimentos, uma média de mais de 261 por dia, muito mais do que o esperado, que era de 150 diariamente.

Segundo o diretor da UPA, Antônio Carlos Ferreira, 55% dos atendimentos foram de baixa complexidade, principalmente de crianças e adultos com sintomas de viroses, o que é muito comum para essa época do ano, mas que devem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

O alerta é importante já que a unidade funciona com acolhimento com classificação de risco, ou seja, já na entrada os pacientes passam por uma triagem que identifica os casos mais graves e que precisam ser atendidos com urgência, daqueles com menos ou sem gravidade e que podem aguardar.

“Nós temos uma estimativa de tempo para que cada pessoa seja atendida e estamos com um pico de atendimentos verdes e azuis, de baixíssima complexidade e que são de UBS e que podem levar até 240 minutos para ser atendidos”, explicou o diretor da UPA.

A unidade é voltada para atendimentos de média complexidade, considerados de urgência e emergência, como pressão alta, fraturas, cortes, dor torácica, febre acima de 39 graus, fraturas, parada respiratória ou cardíaca, hemorragia intensa, infartos e derrames, o que deve contribuir para a redução da demanda do Hospital de Emergência (HE), entretanto, esse tipo de atendimento representou apenas 35% das demandas da UPA.

A estudante Fernanda Ferreira foi à unidade depois de sentir fortes dores no peito. Após o atendimento, foi encaminhada para a sala de observação. “Fui muito bem tratada, todos foram atenciosos. É muito bom ter um local próximo de casa e não ter mais a necessidade de ir para um lugar mais longe”, descreveu Fernanda.

A UPA da Zona Sul é a primeira unidade a ser gerenciada em coparticipação com uma Organização Social de Saúde (OSS), o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). O novo modelo no Amapá foi estudado por um ano e meio, e vem para descentralizar, humanizar e melhorar os serviços de saúde prestados à população.

Como funcionam as pulseiras da classificação de risco

As pulseiras são nas cores azul, verde, amarela, vermelha ou laranja. No caso do paciente com a pulseira verde, representa que ele não corre risco de morte, podendo ser atendido sem prioridade. Os pacientes identificados com a pulseira azul são aqueles que poderiam procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no próprio bairro, sem precisar ir a uma UPA. Como ele não corre risco de morte, poderá aguardar um pouco mais para ser atendido.

Já o paciente que receber a pulseira amarela ou vermelha, é porque necessita de atendimento de emergência ou de urgência e será prioridade, pois corre risco de morte. Ele, então, será imediatamente encaminhado para o médico que vai avaliar e tomar as providências necessárias. E o que receber a pulseira laranja será aquele que precisar de atendimento urgente com risco de agravamento do quadro clínico.

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