Defenap orienta população sobre o abuso e a exploração sexual infantil
Evento reforça as ações do Governo do Estado do Amapá contra a violação dos direitos sexuais do público infanto-juvenil.
Por meio de diversas atividades, evento chamou atenção para a importância de denunciar os casos de violência sexual infanto-juvenil
A Defensoria Pública do Amapá (Defenap) realizou na manhã desta terça-feira, 29, na sede da instituição, em Macapá, uma ação de conscientização e prevenção de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. O evento reforça as ações do Governo do Estado do Amapá contra a violação dos direitos sexuais do público infanto-juvenil.
A iniciativa foi para lembrar a data nacional de combate a essas violências infantis (18 de maio) e tem como objetivo mobilizar a sociedade amapaense e chamar atenção para o enfrentamento à violência praticada contra crianças e adolescentes, além de fazer com que as pessoas percebam que é necessário denunciar. Na ocasião, houve café da manhã para os assistidos, palestras e orientação sobre o assunto, panfletagem, contação de histórias e encenação com personagens infantis.
O defensor público e coordenador do Núcleo de Atendimento Especializado à Criança e ao Adolescente (Naeca), Gilson Borges, enfatiza que a ação visa orientar a população, pais e responsáveis sobre esse tipo de crime, a melhor forma de evitar a violência e como denunciar os agressores. Segundo ele, os suspeitos, em sua maioria, são homens e grande parte das denúncias indica casos que acontecem no ambiente familiar.
“É importante que a população saiba como prevenir a violência sexual. Primeiro ouça seus filhos, fique atendo na mudança de comportamento da criança, porque as crianças que sofrem violência sexual ficam tristes, isoladas, choram bastante e têm baixo rendimento na escola”, descreveu Borges.
Segundo levantamento da Defensoria Pública, a maioria dos casos de abuso sexual que chegam na instituição é de estupros. As vítimas, em sua maioria, são crianças do sexo feminino. Dados apontam que de janeiro a abril deste ano, já foram registrados 80 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. A defensora pública do Núcleo de Atendimento Especializado à Criança e ao Adolescente, Zoraia Braga, explica que a violência sexual é a violação dos direitos sexuais, no sentido de abusar ou explorar o corpo e a sexualidade de crianças e adolescentes.
“É preciso encorajar a população para que façam a denúncia. É um crime que precisa ser combatido, visto que a pratica produz consequências emocionais devastadoras e graves impactos na vida de crianças e adolescentes”, frisou a defensora.
Entre os casos assistidos pela Defenap, está o de uma jovem de 15 anos, que vem sendo abusada pelo pai biológico, desde os seis anos de idade, após o falecimento da mãe, a menor contou o fato para a família, que buscou ajuda junto à Defensora Pública. Segundo a denúncia, o homem também vem abusando da filha caçula de apenas 6 anos. Inicialmente a defensoria entrou com o pedido de proteção com guarda e tutela antecipada para retirar as crianças do convívio do pai. O caso está sendo investigado pela delegacia especializada.
Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os crimes sejam denunciados. Portanto, quem souber de algum caso de violência sexual infantil, pode procurar o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, polícias Militar, Federal ou Rodoviária Federal, ou ligar para o Disque-Denúncia Nacional, no número 100.
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