Governo e Liesap adiam carnaval para 2017
O anúncio foi feito durante reunião, no Palácio do Setentrião, com a Liesap e os presidentes das 10 agremiações amapaenses.
O contingenciamento do governo para não comprometer as contas públicas frente à crise econômica nacional chegou ao segmento cultural e o setor vai sentir o impacto logo no primeiro evento do calendário de 2016. Sem aporte orçamentário e financeiro, o executivo decidiu não investir na realização da programação oficial do próximo carnaval. O anúncio foi feito durante reunião, no Palácio do Setentrião, com a Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap) e os presidentes das 10 agremiações amapaenses.
Após a explanação do governador Waldez Góes sobre os motivos financeiros que levaram ao cancelamento do investimento, foi aprovada uma proposta para montar um Grupo de Trabalho (GT), que será composto por representantes do governo e de entidades ligadas ao carnaval. A equipe terá o objetivo de organizar toda a quadra carnavalesca de 2017, não somente o desfile, mas também a programação da Banda, Blocos e programação nos municípios.
Outra função do GT é encontrar mecanismos para sanear financeiramente as agremiações, que há dois meses começaram a contrair débitos com vistas no carnaval de 2016. Segundo a Liesap, as escolas e a entidade compraram materiais para fantasias, alegorias e adereços, no comércio local e no Rio de Janeiro. As entidades também firmaram contrataram serviços carnavalescos especializados, que foram responsáveis pela montagem do projeto das escolas. A dívida atual é de aproximadamente R$ 395 mil. Através do GT, o governo e a liga vão estudar formas de liquidar este passivo.
Góes salientou a importância do carnaval para economia local, mas ressaltou o impedimento econômico. Ele lembrou que os cortes cada vez maiores nos repasses federais deixam fora de cogitação qualquer projeção financeira para o carnaval.
“O carnaval é uma atividade importante para a economia, mas não há condições para 2016. A economia em 2015 não nos permitiu de nenhuma forma termos orçamento para fomentar a indústria do carnaval no próximo ano. Nós seguramos até onde pudemos para ver se o quadro econômico mudava, mas só houveram quedas na arrecadação e nos repasses do FPE [Fundo de Participação dos Estados]. Só este mês tivemos redução de R$ 20 milhões no repasse por conta da redução de IPI [principal componente do FPE]”, explicou o governador.
O diretor de carnaval da Liesap, Elton Jucá, anunciou que os enredos preparados para 2016 serão reaproveitados para o carnaval seguinte. O mesmo acontece com os materiais encomendados aos fornecedores. Segundo ele, o governo acertou na decisão de recuar. “Somos o terceiro maior desfile de escolas de samba do país. É melhor não colocarmos em cheque este prestígio. Não é barato fazer carnaval, então não vamos comprometer o espetáculo que vimos fazendo a cada ano. Vamos nos concentrar em fazer o melhor para 2017”, avaliou Jucá.
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