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Marcha pelo Meio do Mundo marca início do I Chamado dos Povos Indígenas

Evento reúne povos indígenas do Amapá, Norte do Pará e de outros países da América do Sul para discussão de melhores políticas públicas.

Por Redação
18/06/2018 21h30

Indígenas saíram em caminhada do Monumento Marco Zero do Equador até a Universidade Federal do Amapá (Unifap)

Na tarde desta segunda-feira, 18, no Monumento Marco Zero do Equador, ao som dos chocalhos e no ritmo das danças indígenas, teve início o I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará. A programação começou com a Marcha pelo Meio do Mundo, que saiu do ponto turístico e seguiu pela Rodovia JK, até chegar à Universidade Federal do Amapá (Unifap). São cinco dias de programações, com o encerramento na próxima sexta-feira, 22.

Com exposições fotográficas, mostra de cinema indígena, palestras, apresentações culturais, discussões de temas envolvendo a população indígena e apresentação de trabalhos acadêmicos, o evento busca articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originários, em luta dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Colômbia e Peru).

O Chamado reúne cerca de 20 povos indígenas, sendo boa parte estrangeira e nove brasileiros, como: Galibi Marworno; Galibi Kalinã; Karipuna; Waiãpi; Apalaí; Waiana, Tirió e Kaxuyana. A intenção é de aproximar culturas, quebrar o isolamento das lutas de resistência, desenvolver a autonomia dos povos e promover a justiça social e ambiental.

O chefe do Gabinete Civil do Governador, Carlos Marques, representou o Governo do Estado do Amapá (GEA) durante a abertura do evento e afirmou o compromisso com os povos indígenas. “Não foi fácil reunir todos esses povos aqui neste dia. A organização do evento está de parabéns e nós estamos disponibilizando todo o suporte para que os povos indígenas tenham seus direitos garantidos e reconhecidos”, ressaltou Marques.

Durante a semana do Chamado os participantes vão encontrar diversas atividades no período de 9h as 21h, como manifestações culturais de danças indígenas, entre elas o toré¸ que apresenta variações de ritmos e toadas, dependendo de cada povo. Ao som dos maracás (chocalhos indígenas), os passos são marcados e todos dançam ao ar livre, como símbolo maior de resistência e união entre os índios.

A reitora da Unifap, Eliane Superti, reforça que a universidade é um espaço para contemplação da diversidade. “A presença deles na universidade, para a construção desse movimento social, é algo que enriquece e permite que a Unifap, de fato, construa o processo de cidadania com diversidade social”, disse.

O evento é organizado pela Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP), com coordenação e articulação da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e apoio do Governo do Estado do Amapá. A programação completa pode ser acessada pelo site: https://www.even3.com.br/chamado.

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