Mulheres indígenas querem fortalecer valorização feminina nas aldeias
Governo do Amapá mantém o diálogo com as organizações de mulheres indígenas, buscando garantir todos os direitos femininos.
Mulheres indígenas se reuniram no quarto dia do evento, na Unifap
Mulheres indígenas da Amazônia aproveitaram o I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará que ocorre até esta sexta-feira, 22, em Macapá, para discutir assuntos relacionados aos direitos da mulher e métodos de aplicá-los em cada comunidade.
A coordenadora da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), Simone Karipuna, disse que o encontro das mulheres indígenas ajuda a fortalecer a cultura e valorização feminina nas aldeias. “Precisamos trazer essas mulheres para dentro das discussões que tratem sobre políticas públicas para elas”, frisa.
O evento discutiu temas como o enfrentamento à violência contra as mulheres, saúde da mulher e uso tradicional dos alimentos, educação, assistência, desenho de ações de proteção territorial realizadas por mulheres indígenas, sistemas de restauração ambiental, planos de preservação da floresta e a geração de renda a partir do uso sustentável de recursos naturais.
A coordenadora da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Neide Souza, afirma que o encontro também ajuda as mulheres a entenderem seus direitos diante a sociedade. "Estamos trabalhando a questão dos direitos delas, do território, direito a ter uma saúde e uma educação de qualidade", explica.
Diálogo
De acordo com o secretário Extraordinário dos Povos Indígenas (Sepi) do Amapá, Fabiano Maciel, o governo do estado mantém o diálogo com as organizações de mulheres indígenas, buscando garantir todos os direitos femininos. “As mulheres indígenas do nosso estado são bem organizadas, realizam suas assembleias, e nós do governo, estamos sempre presentes, ouvindo suas solicitações e buscando atender todas elas”, ressaltou Maciel.
Programação
O I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará ocorre desde segunda-feira, 18, na Universidade Federal do Amapá (Unifap) e encerra nesta sexta-feira, 22. O evento conta com uma vasta programação que reúne palestras, apresentações culturais, mostra de cinema indígena, exposições fotográficas, mostras de trabalhos acadêmicos, entre outros.
O objetivo é articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originários dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Colômbia e Peru).
O chamado quer aproximar culturas, fortalecer e agregar as lutas de resistência, proporcionar autonomia, justiça social e ambiental, com a participação de 20 povos indígenas, dentre estrangeiros e brasileiros - como as etnias Galibi Marworno; Galibi Kalinã; Karipuna; Waiãpi; Apalaí; Waiana, Tirió e Kaxuyana.
O evento é organizado pela Apoianp, com coordenação e articulação da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e apoio do Governo do Estado do Amapá (GEA).
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