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Peso excessivo das mochilas pode causar sérios danos à saúde

O sobrepeso, somado a má distribuição e a forma incorreta de transportar a mochila, pode gerar problemas como escoliose e hiperlordose.

Por Redação
24/02/2019 12h50

Pais devem seguir as orientações para o uso correto da mochila pelos filhos, evitando, assim, comprometer a saúde

Com a volta às aulas, a Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) faz uma alerta para os pais de crianças e adolescentes quanto ao uso incorreto das mochilas para costas, de rodinhas e bolsas-carteiro. O excesso de peso transportado diariamente e de maneira incorreta pode ocasionar sérios danos para a saúde, principalmente relacionados à postura, escolioses e hiperlordose.

De acordo com a Organização mundial de Saúde (OMS), o uso inadequado de mochilas é um dos motivos que levam 85% da população a sofrer de dores nas costas. A OMS recomenda que o peso do material do estudante não ultrapasse 10% do peso corporal. No Centro de Reabilitação do Amapá (Creap), 40% dos pacientes, entre 5 a 17 anos, fazem tratamento para patologias relacionadas ao uso continuo de sobrecargas que são utilizadas durante o período escolar.

Sobre esses problemas o fisioterapeuta Mario Coimbra recomenda que os pais façam uma avaliação antes de escolher qual mochila deve comprar para seus filhos. É indicado que esse acessório atenda requisitos que estejam de acordo com o peso, idade e altura da criança, para evitar lesões a curto, médio ou longo prazo, principalmente na coluna vertebral e demais articulações. "O peso total da mochila escolar não deve ser superior a 10% do peso corporal da criança e a mochila não deve ser maior que a altura das costas, assim, por exemplo, uma criança com 30 quilos não pode transportar uma mochila com peso superior a 3 quilos", ressalta Mário.

Outras observações sobre a mochila ideal estão relacionadas às alças, pois devem ser largas, almofadadas e ajustáveis ao corpo; é necessário que contenha cinto ajustável e deve ter o mesmo tamanho das costas do estudante.  Quando posicionada deve ficar com a parte superior logo abaixo do pescoço, as alças ajustadas entre os ombros, e nunca sobre eles, e a parte inferior no nível da cintura. "Os livros e materiais mais pesados devem ficar junto às costas e os materiais mais leves, como estojos e calculadoras podem ser posicionados nos bolsos laterais", explica o fisioterapeuta.

Para os pais que optam por mochilas com rodinhas ou bolsas-carteiro, é importante sempre observar a postura em que o estudante está carregando esses modelos, deve estar ereto e as bolsas ou mochilas postas na altura do quadril e com peso equilibrado. "Para equilibrar o peso é recomendável, sempre fazer uma limpeza diária para tirar lixos ou coisas desnecessárias, quando for necessário levar livros, é aconselhável optar pelo uso de pastas e sempre carregar apenas materiais que serão utilizados naquele dia", aconselha Mário.

Principais problemas de saúde

Quanto aos problemas de saúde, o fisioterapeuta afirma que eles podem surgir ainda no período escolar ou na vida adulta. Os principais, relacionados ao sobrepeso da mochila, somado à má distribuição do mesmo e ainda a forma incorreta de transportá-la, podem exercer influência negativa sobre a postura do estudante. Daí a ocorrência, cada vez mais comum, de problemas de coluna vertebral durante a infância e a adolescência, como a escoliose (coluna em forma da letra “s”), hipercifose (curvatura acentuada da coluna torácica) e hiperlordose (aumento do ângulo de curvatura na região lombar).

"Mas não é apenas a coluna a única afetada pelo excesso de peso em mochilas e seu uso com postura inadequada; joelhos, ombros, pescoço e quadris, por exemplo, também são acometidos por dores, além de outros problemas mais graves", destaca Mário.

Os pais devem ficar atentos quanto a sintomas como: postura incorreta, se o estudante vai à escola sem dores e, ao retornar para casa, sempre reclama de alguma tensão, seja na lombar, pescoço, ou outras articulações. "Sempre que os pais notarem que seus filhos estão reclamando de dores nas articulações, deve-se procurar um especialista. Jamais devemos medicar uma criança sem recomendações médicas, pois, muitas vezes, um relaxante muscular irá camuflar o problema, que pode se tornar ainda pior no futuro. Procure sempre ajuda médica, que indicará o melhor tratamento", finaliza o fisioterapeuta.

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