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17º Fórum de Governadores aponta alternativas de conservação ambiental

Câmara de Meio Ambiente debateu iniciativas para mudar o subdesenvolvimento sustentável da Amazônia Legal; propostas serão sugeridas aos governadores.

Por Caroline Mesquita
28/03/2019 21h38

Povos indígenas apresentaram suas demandas na Câmara Setorial

Mundialmente, a Amazônia é reconhecida por sua preservação da natureza, riqueza florestal e abundância em recursos hídricos. Porém, mesmo com todos esses ativos, não há um pleno desenvolvimento econômico e social para seus mais de 20 milhões de habitantes, divididos entre nove estados brasileiros. Essa realidade motivou a realização da Câmara de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, ocorrida durante o 17º Fórum de Governadores Amazônia Legal, sediado em Macapá, nesta quinta-feira, 28. O evento continua no dia seguinte com a deliberação dos governadores.

O fórum reuniu técnicos, pesquisadores e secretários de Estado do Meio Ambiente da Amazônia Legal que debateram projetos, iniciativas, políticas públicas e legislações que possam mudar o subdesenvolvimento da Amazônia Legal.

A Câmara foi presidida pelo secretário do Meio Ambiente do Pará, Mauro Almeida. Para ele, é essencial estabelecer essas discussões e conhecer as iniciativas individuais realizadas em cada Estado, como o Tesouro Verde do Amapá, cuja finalidade é o desenvolvimento sustentável multidimensional, e o Projeto REDD+Voluntários do Mato Grosso, que visa aplicar estratégias de conservação para o desenvolvimento sustentável, engajando parceiros e captando recursos.

“Pretendemos que essas iniciativas se tornem conjuntas, quando transformarmos o fórum em Consórcio Interestadual. A intenção é firmar uma negociação em grupo, para obter benefícios para todas as agendas comuns dos estados, como a diminuição do desmatamento e redução da emissão de carbono, o aumento da produtividade agrícola e pecuária, o uso intensivo e melhor do solo, além do respeito ao componente indígena e das comunidades tradicionais”, destacou o presidente Mauro Almeida.

Indígenas e comunidades tradicionais

É na Amazônia Legal que estão localizadas mais de 90% das terras indígenas. Por isso, é necessário trabalhar em conjunto com os povos indígenas e comunidades tradicionais e reconhecer suas especificidades, segundo o entendimento dos técnicos da área. Na Câmara de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foi entregue uma carta à Câmara Setorial, contendo demandas referentes ao empoderamento dos povos indígenas brasileiros.

O documento foi entregue pela indígena Simone Karipuna, coordenadora executiva de articulação dos Povos Indígenas das Organizações Indígenas do Norte do Pará e Amapá. Em seguida, foi feita a leitura da Carta de Princípios de Colaboração com os Povos Indígenas e ratificado que os princípios deste documento sejam norteadores do planejamento do consórcio amazônico.

“A pauta da Amazônia deve ser o respeito ao seu povo. Ninguém pode ser esquecido. Seja ele cidadão indígena, afrodescendentes, da zona urbana ou rural. O Amapá é exemplo e tem respeito e organização com sua gente. Aqui temos secretarias dos Povos Indígenas, dos Afrodescendentes, das Mulheres, da Juventude. Esse respeito deve ser repassado”, defendeu o secretário de Meio Ambiente do Amapá, Robério Aleixo.

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