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Conheça os sinais e saiba o que fazer quando o autismo é diagnosticado

Diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são essenciais para melhorar a qualidade de vida da criança com Transtorno de Espectro do Autismo (TEA).

Por Da Redação
02/04/2019 10h32

neuropediatra Fernanda Alcolumbre orienta sobre o TEA

Os sintomas do Transtorno de Espectro do Autismo (TEA) variam de criança para criança. Os sinais mais clássicos são atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e na fala, fuga do contato visual, relutância em atender comandos e responder a chamados.

De acordo com a neuropediatra Fernanda Alcolumbre, existem outros sintomas que incluem dificuldades de interação, intolerância a barulhos e estresse ou irritação quando há alterações na rotina. O diagnóstico do TEA é feito de forma clínica, ou seja, através da análise comportamental da criança feita por um neuropediatra. O uso de exames laboratoriais ou de imagens só são necessários quando outras possibilidades são descartadas.

A especialista ressalta que existem três tipos de autismo: leve, moderado ou grave. Em todos os casos existe a necessidade de acompanhamento médico. Além disso, o diagnóstico precoce é essencial para garantir a qualidade de vida da criança.

“O acompanhamento é individualizado e depende da necessidade de cada criança. Alguns têm problema maior na fala. Em outros o comportamento neurosensorial é mais comprometido. Então, varia de criança para criança, mas o essencial é o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, neuropediatra. Uma rede de apoio para que essa criança faça terapia de acordo com a sua manifestação clínica”, completou a médica.

Para a professora Flávia Gemaque, os primeiros sinais de que o filho Heitor, hoje com 4 anos, era diferente, vieram quando ele ainda era um bebê. “Quando o Heitor era bebê chorava muito, quase que o tempo todo. Quando ele completou um ano de vida, a irritabilidade dele piorou muito e tinha uma fixação persistente por movimentos. Além disso, eu percebi que quando ele ouvia uma palavra ou frase, passava o dia todo repetindo”, explicou.

Outro sinal de alerta foi a completa falta de interesse do Heitor em interagir com crianças da mesma faixa etária. A partir de então ele foi avaliado por vários especialistas até que veio o diagnóstico: autismo.

Para Heitor, o diagnóstico e o acompanhamento trouxeram grandes avanços. Ele passou a ter mais interesse por letras e números, a interação social do menino melhorou consideravelmente e a ecolalia, como é chamado o hábito de repetir palavras de forma persistente, diminuiu.

Flávia Gemaque aconselha os pais que convivem com o autismo que ignorem o preconceito, e que o foco sempre tem que ser o bem-estar da criança. “Eu sentia o julgamento das pessoas que olhavam como se ele fosse uma criança mimada, como se nós não tivéssemos pulso para educá-lo por causa da irritabilidade que ele apresentava em algumas situações. Sigam o conselho dos profissionais que acompanham, mas também observem o comportamento do seu filho para que em conjunto descubram no que ele pode avançar”, enfatizou.

O autismo ou o Transtorno de Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio de desenvolvimento que afeta um a cada 160 nascidos no mundo, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). No Amapá 28 mil crianças e adultos possuem autismo.

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