Testes com 'scanner' corporal flagram mulheres tentando entrar com drogas no Iapen
Agentes estão sendo capacitados para usar o 'scanner' corporal. Quando terminar o treinamento, todos passarão pelo equipamento: de funcionários a autoridades.
Treinamento de agentes penitenciários para operação dos scanners
Duas mulheres foram flagradas manhã deste sábado, 27, tentando entrar com drogas escondidas em suas partes íntimas, no pavilhão de presos condenados (Cadeião) do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O flagrante foi feito durante treinamento dos agentes penitenciários para o uso do “scanner” corporal (Body Scan) na portaria da penitenciária, durante uma revista por amostragem.
As duas visitantes foram identificadas como sendo Célia Viana de Brito, que visitaria o reeducando Wellington dos Santos Barros, do Pavilhão F4, e Lourdinéia Ferreira da Luz, que pretendia visitar o reeducando Jhonatan dos Santos, do Pavilhão 2. As duas mulheres foram apresentadas no Ciosp do Pacoval para as medidas cabíveis.
“Durante a visita, os agentes em treinamento escolheram alguns visitantes por amostragem para submetê-los ao scanner, e flagramos essas duas visitantes portando drogas nas partes íntimas. Foi apenas um teste que faz parte da capacitação dos agentes, mas produziu um resultado positivo”, disse o coordenador de Planejamento do Iapen, Sérgio Gomes.
O treinamento dos agentes iniciou na quarta-feira, 24, com os servidores do pavilhão chamado “Cadeião”, onde estão os presos condenados e provisórios, e no pavilhão que abriga os presos do regime semi-aberto. Na quinta-feira, 25, passaram pelo treinamento os agentes que atuam na Penitenciária Feminina.
“Esses dois flagrantes mostram que o uso do equipamento, aliado ao treinamento do pessoal, produz resultados positivos para inibir a entrada de materiais ilícitos na penitenciária”, frisou o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Carlos Souza.
O flagrante deste sábado foi feito pela equipe Chalie, da Unidade de Vigilância e Disciplina (UVD), que estava de plantão. A apreensão da droga fez com que muitas pessoas que estavam na fila para visitação se retirassem do local, supostamente com receio de serem igualmente apanhadas em flagrante transportando algo ilícito.
Quando o treinamento dos servidores estiver concluído, todas as pessoas que quiserem entrar no Iapen deverão passar pelos scanners corporais – inclusive os funcionários, advogados ou qualquer outra autoridade e pessoas comuns que visitarem o instituto.
Investimentos
A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) adquiriu cinco unidades de “scanners” corporais para serem usadas no sistema prisional. Três delas já estão instaladas – na Penitenciária Feminina, no Anexo e no Cadeião. Os equipamentos são alugados e a manutenção fica a cargo da empresa locadora, o que garante seu pleno funcionamento durante a vigência do contrato que, inicialmente, é de dois anos. A locação de cada “scanner” custa cerca de R$ 20 mil ao mês, recurso oriundo do Fundo Penitenciário Estadual (Funpap). O objetivo é que, futuramente, o Iapen compre os “Body Scan's”.
O diretor-presidente do Iapen, Lucivaldo Monteiro, disse que a aquisição desses equipamentos faz parte de um planejamento que envolve, além desta, outras tecnologias como a que permite o bloqueio de sinais de celulares.
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