Mesa redonda avalia a 51ª Expofeira do Amapá no último dia do evento
O objetivo do encontro, transmitido ao vivo pelas rádios Diário FM (90.9 FM) e Difusora (630 AM), foi promover uma avaliação prévia dos resultados do evento.
O último dia da 51ª Expofeira do Amapá, neste domingo, 8, começou com uma mesa redonda entre o governador do Estado, Waldez Góes, o superintendente do Sebrae, João Carlos Alvarenga e o presidente do Conselho Deliberativo, Mateus Nascimento da Silva, além de empreendedores, produtores, entidades ligadas ao setor e jornalistas. O objetivo do encontro, transmitido ao vivo pelas rádios Diário FM (90.9 FM) e Difusora (630 AM), foi promover uma avaliação prévia dos resultados do evento.
A feira, que tem gerado oportunidades desde sua organização, também está de induzindo, transmitindo e estimulando a economia produtiva amapaense. “O que vimos em toda a Expofeira, foi a transferência de tecnologia, informação, conhecimento, inovação e pesquisa, além de uma participação efetiva da população”, enfatizou o chefe do Executivo estadual.
Durante a Expofeira, foram feitos importantes anúncios para o desenvolvimento do Estado, como a instalação de fábricas de cimento e ração, futuro lançamento dos editais de concessões florestais, retomada do setor mineral e o fortalecimento da agricultura familiar, com o lançamento, na próxima sexta-feira, 13, do Centro de Tecnologia Rural. O espaço funcionará dentro da Expofeira, com início das atividades produtivas, ao término do evento. O centro funcionará como multiplicador de informação e conhecimento do que é produzido e que deve chegar através de políticas públicas a todos os setores.
O jornalista Roberto Gato lembrou, durante o debate, que a grande participação do público superou todas marchas propostas contra a Expofeira. Em resposta, o governador declarou que, mesmo faltando uma noite para o término do evento, é possível afirmar que o saldo da 51ª Expofeira do Amapá foi altamente positivo. “É gratificante. Está cumprido ao que se propõe a Expofeira e isso é resultado do trabalho e esforço de todos. O evento é um patrimônio amapaense para ajudar no desenvolvimento econômico e social, que serão distribuídos nas mais diversas áreas, gerando oportunidade, emprego e renda”.
A Expofeira abriu espaço para os diferentes setores e oportunidades, apresentando um mosaico da vida econômica, social, cultural e regional do Amapá. “Essa foi a estratégia para que tenhamos boas colheitas ao longo desse e do próximo ano, apresentando uma próxima edição ainda melhor”, disse o governador.
Em 2016, a feira deverá ser antecipada para o mês de setembro, decisão tomada após a organização ouvir diversos setores, o que deverá beneficiar, sobretudo, o planejamento na área produtiva.
O diretor superintendente do Sebrae, João Carlos Alvarenga, acredita que a realização da Expofeira foi uma tomada de decisão, firme e enérgica do governador do Amapá e que, com essa força de vontade, de todos os envolvidos, foi concretizada superando as expectativas. “Fomos além dos nossos objetivos. Atingimos as grandes empresas o petróleo, dentro do agronegócio a soja, oportunizamos tanto o empreendedor local como o de fora, que verificou que o Amapá também é um ambiente favorável para investimento, mostrando que existe cooperação, de atendimento e boa recepção”.
Analisando o pequeno empreendedor, de acordo com Alvarenga, a Expofeira oportunizou o comércio imediato e a vitrine de negócios.
Oportunidade de negócios e investimentos
O pequeno produtor e comerciante Assis Gomes da Costa veio do Pará para participar da 51ª Expofeira. Durante os dez dias de feira, ele comercializou os produtos que são confeccionados há mais de 100 anos, de geração em geração, pela sua família, como mel andiroba e copaíba. “Essa é a oitava vez que participo e, sem dúvida, foi a melhor edição. Vimos na Expofeira uma oportunidade de ampliarmos e divulgarmos nossos produtos orgânicos e tivemos ótimos resultados. Tivemos até convite para expandirmos o negócio na Guiana Francesa. Estamos muito felizes”, comemorou.
A mesma sensação foi compartilhada pelo produtor de adubo orgânico, Domingo Gomes da Silva, disse que parabenizou a organização da feira. “Essa edição foi mais moderna e tivemos mais destaque nas vendas. Essa feira é muito importante para movimentar a economia e a oportunidade de negócios”.
Há mais de 30 anos, participando da Expofeira, o comerciante do setor gastronômico, Luiz Alberto Santos Prata, afirma que nunca viu, no evento, uma estrutura como a de 2015. “Fico comovido de como essa feira cresceu e se tornou uma referência também no país”.
Outro investidor que enxergou no Amapá, durante a Expofeira, um potencial de negócio, foi o empresário do setor de rações, Thiago Verçosa. Ele recebeu, durante a feira, concessão locacional para implantar uma fábrica de ração no Estado.
“Eu sou de São Paulo e já tinha feito um estudo da região, onde percebemos a facilidade para exportação para Europa e Ásia, além da comercialização no mercado do norte e nordeste. Fomos muito bem recebidos e iniciaremos as atividades em breve”, anunciou.
A proposta da fábrica é utilizar a matéria-prima local, como a soja, além de dar oportunidade de emprego aos amapaenses, gerando cerca de 240 postos de trabalho. A expectativa é que o empreendimento gere 4.800 toneladas ao mês de ração. "Serão 80 funcionários só para a construção da fábrica e montagem da máquina e outros 240 operando no funcionamento".
Potencialidades
Para o produtor rural e presidente da Aprosoja Amapá, Daniel Sebben, a Expofeira foi também uma grande vitrine da agropecuária do Amapá, promoveu troca de informação, transferência de tecnologia e prática.
“A soja está estreando esse ano institucionalmente na Expofeira, através da Aprosoja, e nós conseguimos cumprir nosso objetivo que era mostrar a importância do setor produtivo, sobretudo, da soja e milho e como eles vão interagir com a economia local, não só no universo agrícola, mas também em todo o setor de prestação de serviços, indústria de máquinas, equipamentos, genética e biotecnologia”, disse.
Leilão
Durante a 51ª Expofeira, os 32 lotes do leilão de animais foram comercializados em 100%. Ao todo, criadores de seis estados trouxeram ao Amapá raças de cavalo manga larga marchador, murrah entre os bubalinos, nelore, entre os bovinos de corte, e Guzerá, Gir leiteiro, Girolando na raça leiteira.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amapá, Guilherme Minssen, um dos responsáveis pelo leilão no evento, afirma que ficaram no Amapá raças e genéticas muito importantes para o setor agropecuário. “Essa Expofeira trouxe para o Estado um tripé que reúne sanidade, nutrição e genética”.
51ª Expofeira
A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.
Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.
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