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Combate à mosca da carambola proíbe saída de frutos do Amapá

Diagro realiza fiscalizações no Aeroporto de Macapá e nos principais portos do Estado, na intenção de controlar e impedir a saída de hospedeiros da praga.

Por Redação
10/07/2019 18h20

No Aeroporto Internacional de Macapá, fiscais checam as bagagens e orientam os passageiros sobre a proibição

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) fiscaliza diariamente a área de embarque do Aeroporto Internacional de Macapá e os principais portos do Estado, na intenção de controlar e impedir a saída de hospedeiros da mosca da carambola para outros estados do Brasil. São cerca de 40 tipos de frutos na lista de hospedeiros da praga, determinados pela Instrução Normativa nº. 38, de 1º de outubro de 2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O governo brasileiro investe R$ 15 milhões em ações de combate à praga no Amapá, com a coleta de frutos e pulverização de iscas tóxicas, a técnica de aniquilamento de machos, além de armadilhas (3 mil em todo o Amapá) e ações de educação sanitária da população, com palestras em escolas e visitas domiciliares.

Entre os hospedeiros, destacam-se a manga, laranja, goiaba, carambola, jaca, abiu, tomate, jambo, caju, taperebá, tangerina e acerola. O engenheiro agrônomo e fiscal da Diagro, Diogo Carnio, afirma que a fiscalização acontece em todos os voos e que os passageiros podem colaborar. “Orientamos aos viajantes que não lacrem as caixas térmicas antes de chegarem ao aeroporto, pois todos passarão pela vistoria da Diagro”, afirmou.

De acordo com a Superintendência Federal de Agricultura no Amapá (SFA), houve redução populacional da praga capturada, de 140.846, em 2015, para 21.267, em 2018. Em 2019, em janeiro, foram 2.818 capturas, e maio fechou com 597. Ainda segundo a SFA, o posicionamento geográfico do Amapá é estratégico para o controle da praga nos demais estados brasileiros, por conta do índice de insetos na Guiana Francesa.

O diretor-presidente da Diagro, José Renato Ribeiro, ressalta que as fiscalizações estão acontecendo de forma intensa, para evitar pragas nas demais regiões do país, que podem causar impacto na economia. “Sabemos que se a praga pegar em apenas uma espécie de fruta, o prejuízo é de mais de 70 milhões de dólares. Por conta disso, estamos com uma equipe com supervisor e auditor da Diagro, que passaram por treinamento, fazendo abordagens individuais”, explicou Ribeiro.

A fiscalização também é feita em embarcações em toda a área portuária de Macapá, Santana, Oiapoque e na região do Vale do Jari, em conjunto com a Polícia Militar do Amapá (PM/AP) para, caso haja, identificação de produtos ilícitos e entorpecentes. Os barcos em trânsito também são fiscalizados, em parceria com a Capitania dos Portos.

Frutos hospedeiros proibidos de sair do Amapá:

Abiu

Acerola

Ajuru

Ameixa-roxa

Amendoeira

Araçá-Boi

Bacupari

Biribá

Caimito

Caju

Carambola

Cutite

Fruta-pão

Goiaba

Goiaba-araçá

Gomuto

Jaca

Jambo rosa

Jambo d’água ou Jambosa

Jambo amarelo

Jambo vermelho

Jujuba ou Maçã-de-pobre

Jujuba chinesa

Laranja

Laranja-doce

Licania

Limão cayena ou Bilimbi

Manga

Murici ou Muruci

Pimenta-de-cheiro

Pimenta picante ou pimenta do diabo

Pitanga vermelha

Sapotilha ou Sapoti

Tangerina

Taperebá ou Cajá

Tomate

Toranja ou Toronja

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