Combate à mosca da carambola proíbe saída de frutos do Amapá
Diagro realiza fiscalizações no Aeroporto de Macapá e nos principais portos do Estado, na intenção de controlar e impedir a saída de hospedeiros da praga.
No Aeroporto Internacional de Macapá, fiscais checam as bagagens e orientam os passageiros sobre a proibição
A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) fiscaliza diariamente a área de embarque do Aeroporto Internacional de Macapá e os principais portos do Estado, na intenção de controlar e impedir a saída de hospedeiros da mosca da carambola para outros estados do Brasil. São cerca de 40 tipos de frutos na lista de hospedeiros da praga, determinados pela Instrução Normativa nº. 38, de 1º de outubro de 2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O governo brasileiro investe R$ 15 milhões em ações de combate à praga no Amapá, com a coleta de frutos e pulverização de iscas tóxicas, a técnica de aniquilamento de machos, além de armadilhas (3 mil em todo o Amapá) e ações de educação sanitária da população, com palestras em escolas e visitas domiciliares.
Entre os hospedeiros, destacam-se a manga, laranja, goiaba, carambola, jaca, abiu, tomate, jambo, caju, taperebá, tangerina e acerola. O engenheiro agrônomo e fiscal da Diagro, Diogo Carnio, afirma que a fiscalização acontece em todos os voos e que os passageiros podem colaborar. “Orientamos aos viajantes que não lacrem as caixas térmicas antes de chegarem ao aeroporto, pois todos passarão pela vistoria da Diagro”, afirmou.
De acordo com a Superintendência Federal de Agricultura no Amapá (SFA), houve redução populacional da praga capturada, de 140.846, em 2015, para 21.267, em 2018. Em 2019, em janeiro, foram 2.818 capturas, e maio fechou com 597. Ainda segundo a SFA, o posicionamento geográfico do Amapá é estratégico para o controle da praga nos demais estados brasileiros, por conta do índice de insetos na Guiana Francesa.
O diretor-presidente da Diagro, José Renato Ribeiro, ressalta que as fiscalizações estão acontecendo de forma intensa, para evitar pragas nas demais regiões do país, que podem causar impacto na economia. “Sabemos que se a praga pegar em apenas uma espécie de fruta, o prejuízo é de mais de 70 milhões de dólares. Por conta disso, estamos com uma equipe com supervisor e auditor da Diagro, que passaram por treinamento, fazendo abordagens individuais”, explicou Ribeiro.
A fiscalização também é feita em embarcações em toda a área portuária de Macapá, Santana, Oiapoque e na região do Vale do Jari, em conjunto com a Polícia Militar do Amapá (PM/AP) para, caso haja, identificação de produtos ilícitos e entorpecentes. Os barcos em trânsito também são fiscalizados, em parceria com a Capitania dos Portos.
Frutos hospedeiros proibidos de sair do Amapá:
Abiu
Acerola
Ajuru
Ameixa-roxa
Amendoeira
Araçá-Boi
Bacupari
Biribá
Caimito
Caju
Carambola
Cutite
Fruta-pão
Goiaba
Goiaba-araçá
Gomuto
Jaca
Jambo rosa
Jambo d’água ou Jambosa
Jambo amarelo
Jambo vermelho
Jujuba ou Maçã-de-pobre
Jujuba chinesa
Laranja
Laranja-doce
Licania
Limão cayena ou Bilimbi
Manga
Murici ou Muruci
Pimenta-de-cheiro
Pimenta picante ou pimenta do diabo
Pitanga vermelha
Sapotilha ou Sapoti
Tangerina
Taperebá ou Cajá
Tomate
Toranja ou Toronja
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