Biólogo explica origem dos instrumentos do Marabaixo
O vice-reitor da Universidade do Estado do Amapá, Breno Silva, participou da 51ª Expofeira com a palestra “Plantas e sons do Marabaixo”
O biólogo Breno Silva, vice-reitor da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), participou da 51ª Expofeira com a palestra “Plantas e sons do Marabaixo”, em que identificou as plantas utilizadas na confecção das caixas, feitas de madeira de lei e fibras, cujo valor atualmente pode chegar a R$ 600 por unidade.
Para o pesquisador, uma caixa do tipo tradicional pode chegar a esse preço elevado devido a diversos fatores, que incluem principalmente a dificuldade cada vez maior de se encontrar árvores do tamanho certo e a escassez de mão de obra qualificada para este serviço. “Trata-se de um conhecimento empírico, tradicional, que pouquíssimas pessoas das novas gerações sabem, por isso hoje alguns músicos têm adaptado caixas com PVC”, explicou.
Silva citou exemplos de “caixeiros” (fabricantes do instrumento) como o músico Josué Videira, de Mazagão Velho, e enumerou os tipos de árvores que podem ser utilizadas na confecção das caixas: macacaúba, cumaru e a piquiá. Para se confeccionar a tela, superfície de toque do instrumento, são utilizados couros de animais como cobra, veado, bode ou boi.
51ª Expofeira
A 51ª Expofeira do Amapá é uma realização do Governo do Estado e Sebrae. O evento ocorre no Parque de Exposições da Fazendinha, no período de 30 de outubro a 8 de novembro. Da área total de 120 mil metros quadrados, serão ocupados 116 mil. A concepção da 51ª Expofeira é transformá-la em feira de negócios, dando ênfase ao desenvolvimento econômico do estado. Dois eixos estarão em evidência - Produção de Alimentos e Produção Florestal.
Em 2015 o evento conta com o patrocínio do Banco do Brasil, CAIXA, Banco da Amazônia e Sicoob CredEmpresas-AP e apoio da Associação Comercial do Amapá (ACIA), Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Consórcio Equador.
A grande dificuldade, segundo Breno Silva, são as autorizações legais exigidas para a extração desses materiais, além das dificuldades naturais de se encontrar árvores grandes o suficiente que ainda não tenham sido derrubadas por roceiros ou empresas madeireiras. “São madeiras muito apreciadas na construção civil, na construção naval e ainda temos os problemas das queimadas de roça, que muitas vezes se alastram desordenadamente por áreas enormes da floresta”, alertou o biólogo.
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