Plantas medicinais e fitoterápicos serão implementados na rede SUS
Profissionais são capacitados para prescreverem os métodos complementares em casos de inflamação, infecção e dor.
Profissionais iniciaram capacitação sobre o projeto
Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas e odontólogos iniciaram, nesta quinta-feira, 29, a fase de capacitação do Projeto de Implantação de Plantas Medicinais e Fitoterápicos na rede pública de saúde do Amapá. O trabalho vem sendo elaborado desde 2017, e visa permitir que os profissionais prescrevam os métodos complementares para casos de inflamação, infecção e dor.
O projeto foi contemplado em 2016, pelo Ministério da Saúde, para ampliar as opções terapêuticas na recuperação e manutenção da saúde dos amapaenses. A oferta de fitoterápicos na rede SUS do Amapá foi estabelecida em Termo de Cooperação Técnica e Científica, firmado em março deste ano, entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) e Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Desde então, os três órgãos vêm trabalhando juntos para preparar os profissionais que vão manipular e prescrever os fitoterápicos. "Para que possamos dispensar esses produtos em forma de medicamentos, exige uma ampla capacitação profissional. É preciso saber e ter segurança para explicar ao paciente sobre a planta, seu uso, qual a toxicidade dela, dentre várias outras coisas, para poder oferecer um tratamento seguro", falou a coordenadora do projeto, Juliane Esbizero.
Inicialmente, as discussões serão pautadas sobre os cinco fitoterápicos já selecionados para o projeto piloto (unha de gato, garra do diabo, isoflavonas, sacaca e andiroba). A sacaca e andiroba, por serem regionais, serão fabricadas pelo Iepa.
Fitoterápicos
Andiroba (Carapa guianensis) para uso tópico é indicado como anti-inflamatório, e Sacaca (Croton cajucara Benth), cujo uso é feito através da Tintura Sacaca, é indicado para a redução do teor de gordura no sangue (colesterol e triglicérides) e controle de distúrbios dos rins e diabetes. Garra do Diabo (Harpagophytum procumbens), para uso oral, é indicado como anti-inflamatório e no tratamento da dor lombar baixa aguda, e como coadjuvante nos casos de osteoartrite; Unha de Gato (Uncaria tomentosa), anti-inflamatório de uso oral e tópico é utilizado nos casos de artrite reumatóide, osteoartrite (artrose) e como imunoestimulante, e Soja (Glycine max), é indicado como auxiliar no alívio dos sintomas do climatério, tais como fogachos (ondas de calor) e sudorese.
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