GEA anuncia implantação de rede para enfrentamento do tráfico internacional de pessoas
Proposta é que os órgãos de segurança pública atuem de forma integrada na prevenção ao crime nas regiões de fronteira.
Palácio do Setentrião, sede do governo amapaense, onde ocorreu a reunião para tratar do combate ao tráfico internacional de pessoas
Tudo começa com uma proposta de emprego em outro país; a promessa de um bom salário ou a chance de melhorar de vida. Algo tentador, mas é onde está o perigo: o tráfico internacional de pessoas. Para combater esse tipo de crime, o Governo do Estado do Amapá (GEA) está trabalhando para implantar uma rede de prevenção e atendimento às vítimas. Nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Setentrião, órgãos estaduais e federais reuniram-se para iniciar um levantamento das demandas e estudo de estratégias.
O objetivo é integrar o trabalho dos órgãos que já atuam nessa área. “Estabelecemos um plano de ação conjunto, de acordo com a competências de cada órgão para compartilhar informações e montar estratégias de atuação na prevenção e combate ao tráfico e atendimento à vítima”, explicou o chefe de gabinete adjunto do GEA, Horácio Magalhães.
De acordo com relatos do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), as quadrilhas especializadas estão buscando vítimas principalmente nos municípios distantes da capital, aliciando adolescentes.
O tema também é discutido nas reuniões transfronteiriças. A posição geográfica do Amapá é um fator que contribui para a prática do tráfico, segundo as autoridades. Por esse motivo, o GEA implantou em julho deste ano, o Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGIF) para atuação dos órgãos de segurança pública nas regiões de fronteira - um trabalho que já vinha sendo executado pelo governo e que foi oficializado por decreto.
Participam do grupo de trabalho, o Executivo Estadual por meio da Sejusp, as secretarias de Inclusão e Mobilização Social (Sims); de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPM); Polícia Militar; Polícia Civil e Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, além da Polícia Federal, Ministério Público (MP/AP), Ministério Público Federal (MPF/AP), Tribunal de Justiça (Tjap) e Assembleia Legislativa (Alap).
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