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Mais de 750 focos de incêndio em lixeiras viciadas e mato seco são registrados no AP

Número corresponde ao período de agosto a outubro; Corpo de Bombeiros alerta sobre o risco de atear fogo em entulhos e pede conscientização da população.

Por Redação
23/10/2019 13h28

Hábitos de fazer capina e não dar destinação correta ao lixo podem contribuir para a ocorrência de incêndios

Atear fogo em lixeiras a céu aberto - as chamadas lixeiras viciadas - e em mato seco, está entre as principais causas de incêndio em área de vegetação no Amapá. Somente entre os meses de agosto e início de outubro o Corpo de Bombeiros Militar contabilizou mais de 750 focos.

Em Macapá, as áreas da Lagoa dos Índios, Rodovia Norte-Sul - principalmente próximo ao muro da Infraero -, o bairro São Lázaro e a zona norte, em geral, são consideradas regiões críticas para esse tipo de ocorrência.

Até 10 de outubro apenas na zona norte houve o registro de quase 300 focos; 199 na zona sul da capital; 64 no município de Santana, e outros nas cidades de Oiapoque, Santana, Laranjal do Jari e Vitoria do Jari.

“Temos muitos focos também na área do Exército, em Macapá, que é extensa e o povo invade para atear fogo. Tivemos um caso grave em que o fogo chegou próximo à ponte da Lagoa dos Índios. Se não tivéssemos atuado junto com o Exército o incêndio se alastraria. Qualquer situação provocada pelo ser humano pode se transformar em uma situação gigante”, pontua o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Coelho.

O comandante explica que esses focos de incêndio são comuns e típicos no Estado porque a população tem o hábito de fazer capina do quintal e não dar a destinação correta ao lixo, ateando fogo no entulho que, por vezes, ganha grandes proporções. A vizinhança denuncia e a corporação tem que agir.

As ações dos Bombeiros no combate a incêndios em vegetação e entulhos integra a operação “Amapá Verde”, cujos atendimentos envolvem unidades operacionais de Santana, Fazendinha, Macapá, Porto Grande, Vitória do Jari, Laranjal do Jari e Oiapoque.

Por se tratar de uma conduta humana, o Corpo de Bombeiros alerta para os riscos aos vizinhos e ao meio ambiente. E apela ao bom senso do cidadão, que apoie com denúncias e maior conscientização.

“As pessoas têm que acabar com as lixeiras viciadas porque alguém vai lá e toca fogo. É crime de poluição. É preciso dar o devido descarte ao entulho. Chame um serviço de recolhimento domiciliar de entulho. Não jogue bituca de cigarro na mata. Posso dizer que é quase impossível, na nossa região, ocorrer um incêndio espontâneo. Sempre tem ação do homem”, frisa Wagner Coelho.

Denúncias e pedido de socorro podem ser feitas através dos números 193 e 190.

Verde Brasil

Paralelo ao “Amapá Verde”, o Corpo de Bombeiros do Amapá atua em apoio ao Exército Brasileiro na operação “Verde Brasil”, que foca nas ações preventivas e preparação de agentes de campo para atuação em delitos ambientais, desmatamento, incêndios criminosos, além do combate direto a focos de queimadas em áreas de difícil acesso e nas rodovias estaduais e federais.

Nessa frente oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros atuam permanentemente na Central da 22ª Brigada de Infantaria de Selva para receber e controlar demandas emergenciais e alertas juntamente com militares do Exército.

A parceria teve início em agosto deste ano quando o Amapá aderiu ao decreto presidencial de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

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