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‘Ser mulher não me impediu’, diz 1ª PM feminina a se formar junto com homens no Choque

Mãe de um menino de 12 anos, Edlane conta que não pensou em desistir da capacitação, mesmo diante das diversas dificuldades do Curso

Por Redação
13/11/2019 21h57

Com a formação, a soldado Edlane Rodrigues passa a integrar o Bope

Determinação e muita coragem levaram a soldado Edlane Barreto Rodrigues, 35 anos, a ser a primeira policial militar do sexo feminino a se formar no Curso de Operações do Batalhão de Choque do Amapá.

A cerimônia de formação ocorreu nesta quarta-feira, 13, na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), no Quartel da Polícia Militar (PM). De 46 policiais considerados aptos ao curso, 13 chegaram até a reta final e receberam as condecorações.

Mãe de um menino de 12 anos, Edlane conta que não pensou em desistir da capacitação, mesmo diante das diversas dificuldades que enfrentou na vida e também no curso. Ela destaca a importância de acreditar nos próprios sonhos.

“Eu passei por muitas dificuldades durante o curso. E ser mulher, ter a característica feminina, não me impediu de chegar aos meus objetivos. Eu agradeço à Polícia Militar por proporcionar esse curso que eu sonhava há muito tempo”, agradeceu.

Em 2019, a soldado completa oito anos na PM. Ela começou a carreira militar no 7º Batalhão, de Porto Grande, e depois passou a fazer parte do 2º Batalhão, responsável pela zona norte de Macapá. Com a formação, a policial passa a integrar o Bope.

“É uma honra para mim ter essa formação. Minha família, meus colegas de farda e até pessoas que eu não conhecia estavam torcendo por mim, e isso me ajudou muito para que eu chegasse até aqui”, disse.

O curso formou 12 policiais militares, sendo três de Santa Catarina e um do Amazonas. Além de Edlane, outro destaque do curso foi João Vitor de Jesus, 25 anos. Ele foi o primeiro policial civil a se formar nessa categoria de curso.

 

O Bope tem oito policiais do sexo feminino com formação no curso de Controle de Estudos Civis do Choque. O Batalhão de Choque pode manusear armas não-letais e atuar em operações no sistema penitenciário, reintegração de posse, entre outros.

Para o comandante do Bope, major Kleber Silva, a formação representa um reforço a mais na segurança pública. O curso, que tem 62 dias de treinamento físico e psicológico, é reconhecido nacionalmente pela complexidade das disciplinas.

“A formação da 4ª turma do curso de operação de choque é um ganho muito grande para a Polícia Militar, e, também, para a sociedade amapaense. Agora, temos mais policiais mais bem preparados para o serviço de segurança”, ressaltou.

O titular da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Carlos Souza, enfatiza que os investimentos do Governo do Amapá vão além das reformas prediais e construções de obras, alcançando a capacitação dos profissionais.

“A qualidade do curso é inegável. Ver policiais de outros estados virem buscar essa formação mostra a qualidade do trabalho. O Governo do Estado, mais uma vez, mostra, com muita competência, a valorização profissional através do curso”, finalizou.

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