Governo inicia implantação do registro genealógico de bubalinos do Amapá
Registros servirão como base de dados para a consolidação do Amapá no mercado internacional de exportação de carne e derivados de leite de bubalinos.
Serviço de Registro Genealógico serve como um reconhecimento oficial individual dos animais
O Governo do Amapá continua avançando no processo de inserção dos derivados da produção bubalina no mercado internacional. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) convidou a Associação Brasileira de Criadores de Bubalinos (ABCB) para iniciar a implantação do Serviço de Registro Genealógico (SRG) no estado. A ferramenta serve como um reconhecimento oficial individual dos animais.
A ABCB tem a outorga do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para efetuar o SRG em todo o Brasil. Esse processo apura informações para a árvore genealógica dos búfalos de todo o país, servindo como recurso para o pleito de 2020, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para que o Amapá possa alcançar o status e a certificação de livre da aftosa sem vacinação.
Em 2018, o Amapá recebeu o reconhecimento por ajudar o país para que fosse declarado como livre da doença em toda a extensão territorial. O secretário de Desenvolvimento Rural, José Renato, reafirma o potencial do estado para a exportação desses produtos.
“Após a certificação internacional, concedida pela OIE, o Amapá vem atraindo investidores e avançando em processos para consolidar a participação no mercado de exportação de carne e derivados de leite de bubalinos”, disse.
A ABCB busca conscientizar criadores e produtores por todo o país para manterem o SRG atualizado. O presidente da associação, Caio Rossato, falou sobre a importância desse serviço.“Anualmente, lançamos os dados para o Mapa, por conta disso, é importante repassar, de forma técnica, os procedimentos para os técnicos do Amapá, que é um polo produtor. Um filhote de búfalo, com até 180 dias após o nascimento, já pode fazer o registro”, explicou o presidente da ABCB.
No Brasil, os búfalos correspondem a apenas 1% do número de cabeças de bovinos, mas, em nível mundial, os bubalinos são responsáveis por 14% da produção de lacticínios. Para o professor universitário e criador Savigny Sauaia, membro da ABCB, proporcionalmente, o Amapá já apresenta um alto nível de criação de búfalos.
“Nosso país está entre os grandes jogadores do mercado internacional de bubalinos. O Amapá apresenta um número impressionante de criação em relação aos bovinos, e isso mostra a importância do investimento em políticas públicas, conscientização e manejo nesse setor”, reforçou.
Está marcada para segunda-feira, 25, uma reunião com criadores do Amapá para a apresentação do SRG, no auditório da SDR. A ABCB veio para dar início a essas tratativas da implantação do serviço, que precisa formalizar a vinda de técnicos da ABCB para a realização da capacitação técnica no Amapá.
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