‘Veio em ótima hora e vai ajudar muitas pessoas além de mim’, conta a beneficiária do programa Mais Visão

Após a cirurgia de catarata, dona Rosa recebeu um kit de cuidados, com óculos de proteção e colírio para o pós-operatório.

A reconquista da liberdade, é o que representa a cirurgia de catarata para a aposentada Rosa Maria Ferreira, de 69 anos, uma das beneficiárias do programa ‘Mais Visão’. Desde 7 de setembro até o dia 12 de outubro, o programa já havia possibilitado a realização de 2.060 cirurgias de catarata e 176 cirurgias pterígio (carne crescida).

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A iniciativa foi viabilizada pelo Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate (Capuchinhos), com recursos de emenda parlamentar do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, no valor de R$ 6,4 milhões.

“Esse programa veio em ótima hora e vai ajudar muitas pessoas além de mim. A catarata tem atrapalhado tudo, porque depois que apareceu isso nos meus olhos, eu não pude mais sair de casa nem fazer nada sozinha, não podia ir para canto nenhum, fico presa dentro de casa e dependo da minha filha para ir até ao supermercado ou nas minhas consultas”, contou a aposentada.

Antes da cirurgia, dona Rosa, assim como todos os pacientes atendidos pelo programa, passou pelo processo de triagem em que é verificado se ela estava com covid-19, o procedimento é necessário para garantir a segurança dos demais pacientes e profissionais que estão trabalhando no atendimento.

Com o resultado negativo para o novo coronavírus, a cirurgia dela foi agendada para o dia seguinte, em que ela fez todos os exames pré-operatórios com as imagens analisadas pelo médico oftalmologista em tempo real e a escolha da lente intraocular que irá devolver a clareza e a qualidade de visão ao paciente.

O médico oftalmologista Eduardo Macedo, explica que o processo segue os padrões de qualidade de um consultório normal, respeitando todo o processo de pré e pós-operatório.

“Trabalhamos com equipamentos de última geração que nos dão todo o apoio para fazer o diagnóstico seguro dos pacientes aptos a fazer a cirurgia com a mesma qualidade de um consultório comum, a diferença é que fazemos tudo em sequência tendo uma média de 4 à 5 cirurgias por hora. Acompanhamos o paciente em todo o pós-operatório para garantir que a cicatrização dele está perfeita, ninguém tem alta antes disso”, disse.

Após a cirurgia, que durou 20 minutos, dona Rosa e a sua acompanhante, a filha Alcione Ferreira, foram orientadas sobre todos os cuidados necessários e receberam um kit de cuidados com óculos de proteção e o colírio utilizado no pós-operatório.

“Gostaria de agradecer todas as pessoas que nos atenderam, foram todos muito atenciosos. Minha mãe sentia muita falta da liberdade dela, deixou até de frequentar o grupo de idosos que participava porque não conseguia ir sozinha e nem sempre tinha alguém para acompanhá-la. Hoje é um novo começo para ela, esse era um projeto que minha mãe esperava há algum tempo”, comemorou Alcione.

Mais Visão

No início de agosto o governador do Amapá, Waldez Góes, assinou o Termo de Fomento com o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate, que viabiliza a realização dos procedimentos.

Nesta primeira etapa a prioridade são pacientes da rede estadual de saúde que aguardavam o procedimento através do Programa de Tratamento Fora de Domicilio, o TFD. Só passarão pela triagem pacientes que possuam nome na lista e estejam devidamente cadastrados na Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Em média, são realizados entre 70 e 100 procedimentos por dia. Todo o espaço é adequado para que os procedimentos sejam realizados com total segurança para os pacientes e profissionais. Procedimentos e cirurgias oftalmológicas de emergência continuarão a ser realizados na rede estadual.

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