Amapá registra queda de 25% nos casos de tuberculose
Foram 120 casos registrados em 2019 e 90 em 2020. Para o CRDT, redução está diretamente ligada à pandemia de covid-19.
Pacientes com sintomas devem recorrer às Unidades Básicas de Saúde
O Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT) registrou uma queda de 25% nos casos de tuberculose no Amapá. Em 2019, 120 pessoas foram diagnosticadas com a doença, já em 2020, esse número reduziu para 90 casos.
Para o CRDT, a queda está diretamente relacionada à pandemia de covid-19, porque as medidas de prevenção - como uso de máscaras e distanciamento social - também podem reduzir a incidência de tuberculose - uma vez doença que é facilmente transmissível durante a fala, espirro ou tosse de uma pessoa contaminada.
Mas a enfermeira do Centro, Magali da Silva, explica que podem haver outros fatores para a queda nos registros.
"Atribuímos essa queda à pandemia, seja no sentido de semelhança com os sintomas da covid-19, o que gera adiamento no diagnóstico, quanto à dificuldade de locomoção dos pacientes durante os períodos restritivos", disse a profissional.
Diagnóstico
Caso apresente sintomas de tuberculose - como dor no peito, tosse e perda de peso, o paciente pode recorrer as Unidades Básicas de Saúde (UBS's) para realizar o exame de baciloscopia ou ao CRDT para fazer o teste rápido molecular - ambos detectam a doença. Quando o diagnóstico é confirmado, o paciente infectado deve levar para a unidade tratamento as pessoas de sua convivência, para que elas também possam fazer o teste.
Os pacientes que apresentam comorbidades, ou seja, doenças associadas que dificultam o processo medicamentoso, ou quadros clínicos de tuberculose de difícil diagnóstico, são encaminhados para o CRDT, onde o tratamento é feito por meio do uso de antibióticos. Já os diagnosticados com quadros sem agravamento recebem amparo nas UBSs e seguem com esquema básico de medicação.
O tratamento tem durabilidade de seis meses e, após esse período, é feita uma reavaliação médica para saber se a pessoa pode ou não ter alta.
A enfermeira do CRDT reafirma a importância de levar o tratamento até o final.
"A recomendação do ministério da saúde é seguir o protocolo de seis meses, que é o prazo para avaliar uma possível cura. Os pacientes assim que iniciam o tratamento e fazem utilização dos medicamentos já apresentam um quadro de melhora nos primeiros 15 dias, por isso alguns acabam abandonando o protocolo. É importante seguir o tratamento para não haver regressão da doença", completou Magali Silva.
Orientações para prevenção
A máscara, artefato muito utilizado atualmente, é um dos maiores aliados na prevenção a tuberculose. A recomendação é utilizar de forma constante, mesmo no futuro pós-pandêmico.
A tuberculose pode ser transmitida em transportes públicos e demais locais com grande fluxo transitório de pessoas. A vacina BCG, aplicada na infância, age na prevenção contra os casos mais graves da doença e afeta diretamente na eficácia do bacilo transmissor, reduzindo seu poder de transmissão.
Outra orientação, que serve para infectados ou não pela doença, é de manter o ambiente do lar sempre muito arejado e com luminosidade natural.
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