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Governo e Exército analisam Base Cartográfica do Amapá

Projeto mapeia uma área de 75 mil quilômetros quadrados. Primeira fase já foi concluída

Por Redação
24/05/2016 15h20
Uma base de dados de significativa importância e que poderá ser referência para consultas, elaboração de projetos e diversas outras possibilidades. Assim, técnicos e militares classificam a Base Cartográfica que está sendo executada pelo Governo do Amapá, em convênio com o Exército Brasileiro (EB). O assunto foi tema de reunião ocorrida na manhã desta terça-feira, 24, na Coordenadoria de Geoprocessamento e Tecnologia da Informação Ambiental (CGTIA), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

O projeto mapeia uma área de 75 mil quilômetros quadrados. Pelo Estado, participam do levantamento secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Planejamento (Seplan). A primeira fase da Base Cartográfica, que engloba a capital, já foi totalmente concluída.

O trabalho consiste em coleta de informações mais precisas de dados como imagens aéreas e de satélite. Para isso, os militares percorrem diversas regiões do Amapá com aviões, tropas por terra e por água. O material deverá ter como resultado um retrato de informações precisas, dando uma nova perspectiva às instituições responsáveis pelo mapeamento oficial do Brasil, como o IBGE e o próprio Exército que antes consideram o Amapá como um imenso “vazio cartográfico”.

“As imagens de satélite são capturadas nas bandas X e P. Isso permite um mapeamento tanto da vegetação quanto do solo. Assim, os dados são bem mais precisos do que os que já se tinham até então”, explica o tenente Gilvan Medeiros, da 4ª Divisão de Levantamento (4ª DL) do Exército, uma das unidades militares atuam na execução do projeto.

 

Nova fase

Também atua em campo o Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército (CIGEx). Para a retomada dos trabalhos, as instituições envolvidas aguardam os trâmites burocráticos para a aquisição de combustível. Essa segunda fase dos trabalhos deve durar pelo menos 120 dias.

Além das informações cartográficas e hidrográficas, as imagens possibilitarão dados referentes a desmatamento, número de pistas de pousos (catalogadas ou não), estradas, além da identificação mais precisa de comunidades ribeirinhas, regiões isoladas e áreas indígenas.

“As possibilidades de uso para essas informações são inúmeras, para diversas áreas. Vários órgãos, inclusive, já estão usando esse material”, reforça Claudia Funi, técnica da Sema. Ela ainda informa que os dados serão incorporados ao Sistema Cartográfico Nacional.

Todo o material coletado deverá também ser repassado ao Centro de Processamento de Dados do Amapá (Prodap), para ser disponibilizado ao público pela internet. Além disso, será feita a capacitação de servidores públicos para melhor utilização do material.

O primeiro seminário, voltado para gestores, está marcada para o dia 1º de junho, em Macapá.

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