Governo do Amapá descobre e desarticula esquema de falsificação de diplomas na Ueap
Operação da Polícia Civil resultou na prisão de parte do grupo criminoso nesta quinta-feira,4. A denúncia foi feita pela Universidade do Estado do Amapá.
Após denúncia feita pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap), a Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira, 4, a primeira fase da Operação Graduatio, que desarticulou um esquema de registros irregulares de certificados e de falsificação de diplomas nas dependências da instituição de ensino.
A ação resultou na prisão de quatro pessoas e na apreensão de diversos documentos, dinheiro e munições, no município de Macapá. Segundo a Divisão Especial de Combate à Corrupção (Decor) da Polícia Civil,o grupo lucrou mais de R$15 milhões com o registro de aproximadamente 62 mil certificados.
A denúncia partiu da própria Ueap, ao constatar a ação do grupo. Além disso, os Estados de Mato Grosso, Pernambuco e Goiás comunicaram à Polícia Civil do Amapá sobre os diplomas de autenticidade duvidosa.
“Constatamos indícios de irregularidades e tomamos várias providências, entre elas, denúncias ao Ministério Público Estadual e Federal e à Polícia Civil”, disse a reitora da Ueap, Kátia Paulino.
O delegado-geral de Polícia Civil, Uberlândio Gomes, explicou que algumas instituições privadas não credenciadas pelo Ministério da Educação procuravam a Ueap para certificar diplomas – um serviço legítimo que custa R$70.
“Foi possível constatar que servidores estavam cobrando um valor bem acima e não recolhiam as taxas devidas”, frisou o delegado-geral.
Nessa primeira fase da operação, foram identificados os “cabeças” do grupo criminoso. A investigação constatou que familiares dessas pessoas criaram empresas de ensino privado para dar vasão aos registros de diplomas que vinham de outros estados. Eles também chegaram a desenvolver um site onde a autenticidade do diploma podia ser verificada.
Os documentos apreendidos, entre eles comprovantes de depósitos e transferências bancárias de altos valores, serão utilizados para comprovar a materialidade dos crimes investigados. Além disso, já foram ouvidas testemunhas que trabalham na Ueap e relataram como funcionava o esquema criminoso.
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