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16 Dias de Ativismo: violência de gênero nas escolas é tema de debate voltado a profissionais de educação

Autor da Lei Maria da Penha em Cordel, Tião Simpatia participou do evento, nesta segunda, 6. 

Por Alice Valena
06/12/2021 15h47

A mesa de Debate faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo que acontece até dia 10 de dezembro

Ainda como parte da programação dos 16 de Ativismo, o Governo do Amapá promoveu nesta segunda-feira, 6, a Mesa de Debate: Desconstruir Para Combater – A Violência de Gênero e o Papel da Escola, voltada a mais de 250 profissionais da educação e bolsistas do programa Amapá Jovem.

O evento contou com a participação do ativista social e autor da lei Maria da Penha, Tião Simpatia. Toda a programação, que acompanha um calendário nacional, é coordenada pela Secretaria Extraordinária de Política para Mulheres (Sepm).

Em sua primeira vinda ao Amapá, Tião Simpatia, que também representa o Instituto Maria da Penha, falou de todo o seu trabalho como ativista social, músico e poeta e seu papel na sociedade como batalhador pelo fim da violência de gênero. 

O debate envolveu mais de 250 profissionais da educação: gestores escolares, professores, pedagogos, professores e universitários, além de bolsistas do Programa Amapá Jovem.

O objetivo foi ratificar a importância do papel da educação para a prevenção e o enfrentamento a violência contra mulheres e meninas.

“Precisavamos trazer à tona este debate, pois ressaltamos que a escola também tem um papel primordial no enfrentamento à violência de gênero”, disse a secretária de Políticas para Mulheres, Renata Apóstolo Santana.

Tião Simpatia conheceu sobre os programas e projetos desenvolvidos pela Sepm no mês de agosto em viagem institucional e o convite para contribuir nos 16 Dias de Ativismo foi pertinente para se reforçar o debate sobre os mais diversos tipos de violência e a desconstrução do machismo.

“Estamos reunidos no presente para que no futuro a violência contra a mulher seja coisa do passado”, falou em tom de poesia, como sempre faz em suas apresentações, já que também é autor da Lei Maria da Penha em Cordel.

A gestora também explanou sobre a mudança a Lei 14.164/21 que alterou a Lei 9.394/96 (lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB), incluindo o conteúdo da prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica e instituiu ainda, a Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher.

Ela também falou sobre a importância de se desconstruir determinados aspectos culturais relacionados às mais diversas formas de abuso e violência, principalmente com meninas ribeirinhas, e deu como exemplo a lenda do boto.

Para a professora Maria Rita Duarte, que é servidora na Escola Estadual Maria de Nazaré, o momento foi ímpar para informar e empoderar as alunas.

“Adquirimos conhecimento e passamos às elas, para saberem seus direitos e deveres no combate à violência”, disse a servidora.

A mesa de debate também contou com a presença da pedagoga, Débora Martins, que trabalha na região ribeirinha e o doutor em Comunicação, Linguagens e Cultura e professor Bruno Marcelo Costa.

Marcaram presença a deputada Federal, Aline Gurgel, o vereador de Macapá, Dudu Tavares e o subsecretário Municipal de Educação, Ebrely Andrade, o secretário Estadual de Juventude, Pedro Filé, além de coordenadorias municipais de mulheres e movimentos sociais, e as artistas Hayam Chandra e Laura do Marabaixo. 

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