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Curso capacita técnicos da Pescap e Diagro a identificar doenças no pescado

A formação foi ministrada pela Embrapa e habilitou os servidores dos órgãos estaduais para identificação de doenças em diversas espécies de pescado.

Por Redação
01/07/2016 16h41

Técnicos da Agência de Pesca (Pescap) e da Agência de Defesa Agropecuária do Amapá (Diagro) participaram, esta semana, de uma capacitação sobre sanidade de peixes em cultivos. A formação foi ministrada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e habilitou os servidores dos órgãos estaduais para identificação de doenças em diversas espécies de pescado, especialmente aquelas causadas por parasitas e fungos.

Foram cinco dias totalizando quarenta horas de curso. Os três primeiros dias foram de formação teórica e os dois últimos de atividades práticas. O extensionista da Pescap, Anderson Pantoja, foi um dos 15 funcionários da agência que participaram da formação, junto com mais dez funcionários da Diagro.

“Em campo, percebemos que há incidência de doenças em diversas espécies de pescado, as quais não sabíamos identificar. Durante esta semana, conhecemos as pesquisas realizadas pela Embrapa e isso vai nos auxiliar a fazer o diagnóstico em nosso trabalho de campo, pois alguns produtores desconhecem essas patologias, algumas podendo ser transmitidas para o homem”, avalia Pantoja.

Outra preocupação é com relação ao pescado procedente de outros Estados, principalmente o Pará, que abastecem o mercado amapaense. “As chamadas espécies híbridas, por exemplo, tem uma variação genética que possibilita a infecção por parasitas e fungos. Monitorar esse pescado importado e eventuais doenças é fundamental”, reforça Ricardo Medeiros, técnico da Pecap em Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá.

A fiscal agropecuária da Diago, Gessolina Galeno, explica que a capacitação para identificar patologia em pescados também vai possibilitar a posterior implantação da barreira sanitária para o pescado, a exemplo do que acontece com os rebanhos bovino e bubalino. Essa atribuição foi repassada recentemente ao Estado pelo Ministério da Pesca.

Marcos Tavares, pesquisador da Embrapa, com extenso trabalho sobre manejo e sanidade de pescados no Amapá, conduziu a capacitação. Ele reforça que a troca de experiência e transferência de tecnologia entre o órgão federal e as instituições estaduais é de grande importância para o fortalecimento do setor, já que com a identificação e tratamento das patologias no pescado, o consumidor ganha um produtos de qualidade e livre de doenças.

“A ideia é fazer com que esses técnicos conheçam as doenças cultivadas ou retiradas na natureza, que podem comprometer a saúde humana. Esses profissionais terão a chance de orientar esses criadores e pescadores, assim melhorando a qualidade do pescado consumido no estado”, pondera Tavares.

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