Ueap leva oficinas educativas para mais de 500 crianças do Conjunto Macapaba

Foram ministradas oficinas sobre temas como reciclagem, produção literária e segurança na internet.

Fazer com que o conhecimento científico ultrapasse os muros da universidade e chegue até a população. Esse é o objetivo da 1ª Jornada Itinerante de Ciência, Tecnologia e Cultura na Periferia Amapaense, um projeto da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) que iniciou neste sábado, 24, com oficinas de reciclagem, produção literária, segurança na internet, desenvolvimento tecnológico e raciocínio lógico para estudantes do 1º ao 5º ano da Escola Estadual Marly Maria de Souza, no Conjunto Macapaba, na Zona Norte de Macapá. 

Acadêmicos dos cursos de Pedagogia, Matemática, Licenciaturas em Química e Filosofia, Engenharia de Produção e Música ministraram as oficinas para crianças como Isabella Pinheiro, de nove anos. Ela participou do curso de dobradura geométrica, realizado pelo curso de Matemática. Para a menina, a presença da Universidade na escola é uma forma de despertar a curiosidade.

 "Eu fiquei animada porque são muitas oficinas legais, quero fazer todas, se puder, porque eles brincam e explicam muito bem", conta a criança.

Já a Ana Luíza, do 3º ano, não encontrou dificuldades nos desafios lógicos promovidos de forma lúdica pelo curso de Matemática.

"Eles ficaram surpresos quando resolvi rápido o quebra-cabeça com as peças, mas foi muito fácil porque eu jogo todo dia em casa com meus pais", conta a estudante.

Para os universitários, o momento foi de compartilhar conhecimentos. 

"A proposta é conhecer os talentos que estão nas regiões periféricas e que, muitas vezes, são invisibilizados por causa de uma condição social que não oportuniza o crescimento e a valorização desse jovem, além de um trabalho educacional, se torna algo social, um dos pilares da educação", reforçou a estudante do curso de Letras/Inglês da UEAP, Elcy Coelho.

Universidade para todos

O projeto-piloto quer percorrer todos os municípios com mapeamento de escolas periféricas em zonas de risco social para garantir a inclusão e partilha de saberes da comunidade. Segundo o coordenador da jornada, professor Victor Nery, é importante que a Ueap chegue onde muitos deixam de ir.

"Às vezes, estamos diante de um futuro grande cientista que, por causa da falta de incentivo, é levado a um outro caminho. Não podemos deixar as crianças desamparadas, precisamos integrá-las e ouvir o que elas já sabem para aprender também, por isso buscamos escolas que, além de periféricas, possuam índices baixos de desenvolvimento educacional e localizadas em áreas de risco social", explica.

O projeto retorna no segundo semestre, com cronograma para atendimento de escolas da capital e demais municípios. Além do momento de conhecimento, o evento contou com contação de histórias e poesia com a escritora amapaense Pat Andrade e apresentação do grupo de marabaixo Dona Florzinha.

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!