'É muito gratificante ajudar o meu povo a ter mais saúde', diz intérprete durante atendimentos do Mais Sorrisos na Terra Indígena Wajãpi
Patire Waiãpi, de 38 anos, ajuda nos diálogos entre pacientes e profissionais que atuam na ação de saúde promovida pelo Governo do Amapá e Doutores da Amazônia.
Desde o começo da ação, Patire atua como intérprete
O trabalho de intérpretes como Patire Waiãpi, de 38 anos, tem sido fundamental para garantir os atendimentos da ação Mais Sorrisos aos moradores da Terra Indígena Wajãpi. Os profissionais são da Coordenação Estadual de Saúde Indígena (Coesi) e voluntários da própria região. Eles auxiliam nos diálogos entre pacientes e voluntários da Organização Não Governamental (ONG) Doutores da Amazônia, que é parceira na iniciativa do Governo do Estado.
A maior parte deste povo indígena fala a língua waiãpi, que pertence ao tronco linguístico tupi. Patire conta que o trabalho de tradução tem sido fundamental para aumentar o número de indígenas atendidos.
“É muito gratificante ajudar o meu povo a ter mais saúde por meio desta iniciativa. Aqui na aldeia, muitas pessoas não compreendem o português, mas, com os intérpretes, todas estão conseguindo receber o atendimento que procuram", destacou o intérprete.
Com pouco domínio da língua portuguesa, a Jatoni Waiãpi, de 36 anos, contou com a ajuda dos intérpretes para conseguir a prótese dentária que precisava para voltar a mastigar melhor os alimentos.
'Como eu não falo português, ter um profissional que traduza o que eu e o médicos falamos ajuda. Se não tivesse um intérprete aqui, seria mais difícil eu conseguir atendimento', disse a indígena.
A dentista Natália Godoy, de 25 anos, foi quem atendeu Jatoni. Ela disse que ter um intérprete durante o atendimento foi importante para produzir uma prótese adequada para a paciente.
"Esse é um povo onde tem muita gente que não fala português com fluência e dentro de um atendimento, para fazer diagnóstico, para investigar causa de dor durante a experimentação de uma prótese, por exemplo, é muito importante que a gente consiga se comunicar para fazer os ajustes corretos", pontuou a voluntária.
Mais Sorrisos
A ação segue até quarta-feira, 28, e se concentra em Aramirã, uma das aldeias da Terra Indígena Wajãpi, que fica no município de Pedra Branca do Amapari, na região central do estado. No local, vivem, aproximadamente, 1,8 indígenas.
Estão disponíveis serviços de assistência farmacêutica, ginecológica e pediátrica, exames laboratoriais, fisioterapia, psicologia e enfermagem, entrega de óculos de grau, inscrição no Cadastro Único (CaÚnico) e no programa Renda Para Viver Melhor.
A parceria conta, ainda, com apoio do Exército Brasileiro, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Amapá e Norte do Pará, da Secretaria de Saúde de Pedra Branca do Amapari e dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues.
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