'Nós queremos aproximar os indicadores sociais e econômicos ruins do Amapá, aos melhores índices ambientais', destaca governador Clécio Luís ao defe
Governo do Estado integrou painéis sobre transição energética no Brasil, em debate promovido pelo BNDES e Petrobras, no Rio de Janeiro.
Governador também reiterou o direito do Amapá sobre o estudo da potencialidade de exploração de petróleo na costa do estado
O governador do Amapá, Clécio Luís, integrou nesta quarta-feira, 11, os debates sobre as possibilidades para a transição energética no Brasil. Com as intenções de exploração de petróleo e gás natural na costa Norte do país, o Governo do Estado foi convidado para demonstrar a importância do negócio para o desenvolvimento econômico e social para impulsionar o uso de fontes renováveis de energia.
"Nós temos vários ecossistemas naturais, muitos protegidos, que, obviamente, quanto mais pobre a população estiver, mais sob risco esses ecossistemas estarão. Então, o recurso do petróleo e do gás, ao nosso ver, será uma grande oportunidade de diversificar a nossa matriz econômica e termos isso revertido em desenvolvimento socioeconômico para o nosso estado. Não é mais possível ter um estado com tanta desigualdade. Nós queremos aproximar os indicadores sociais e econômicos ruins dos nossos melhores indicadores ambientais", ressaltou o governador Clécio Luís.
Promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Petrobras, no Rio de Janeiro, o seminário, "Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil" destacou diferentes perspectivas sobre a produção de energia no país.O governador Clécio Luís participou do painel sobre exploração na Margem Equatorial, acompanhado do diretor de produção da Petrobras, Joelson Mendes; e do diretor-executivo do Instituto Escolhas, Sérgio Leitão; com mediação de Luciana Costa, diretora da Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES.
"Nós temos todas as condições ambientais, pelo ‘know-how’ da Petrobras, de termos essa atividade econômica nova. E esperamos que essa atividade possa trazer a diversificação da matriz econômica, gerando emprego, renda, inclusive oportunizando o uso racional do que temos na Amazônia amapaense. Nós temos uma sociobiodiversidade que pode se transformar em bioeconomia fantástica, mas não temos dinheiro para pesquisa, que podem transformá-los em ativos econômicos, em desenvolvimento, em emprego", completou o governador.
A participação do Amapá no seminário posiciona o Estado politicamente em relação ao petróleo e gás, produzido com segurança ambiental e técnica em todas as etapas."Uma oportunidade muito boa para o Amapá marcar presença, falar sobre as suas condições, suas características, sobre a necessidade de que esses projetos se concretizem, porque é bom para o Brasil e muito bom para o Amapá. Vai ser um novo ciclo econômico que nós vamos ter no Estado, com muito investimento, aprendizado, com inovações, e nós temos de fazer isso acontecer", afirmou Jotávio Borges, secretário de Mineração.
A convite do governador, a presidente da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), deputada estadual Alliny Serrão, acompanhou os debates e ressaltou a importância de envolver os três poderes nas discussões dessa atividade.
"A fala do governador foi muito precisa, sempre em defesa do Amapá e também buscando diminuir a desigualdade dentro do nosso estado. Nós sabemos o momento que enfrentamos, que é muito desafiador, mas tenho certeza que o Estado só tem a ganhar com essa participação efetiva nessa questão que levará o Amapá ao desenvolvimento socioeconômico", disse a presidente da Alap.
O deputado estadual Rodolfo Vale completou a comitiva do Amapá presente no evento do Rio de Janeiro.
"O debate sobre a transição energética no Brasil é fundamental, precisa ser feito. O Brasil precisa decidir o modelo e os caminhos a percorrer para a efetiva transição. E a exploração da Margem Equatorial também faz parte desse caminho. A exploração precisa acontecer com segurança energética. E o povo do Amapá merece esse investimento como um presente para o desenvolvimento", comentou o deputado.
Exploração de Petróleo no Amapá
O projeto de exploração nas águas profundas do Amapá, na região chamada de Margem Equatorial, existe desde 2013, quando a Agência Nacional do Petróleo (ANP) leiloou 142 blocos no litoral brasileiro. A operação fez concessão de bacias de novas fronteiras tecnológicas com o objetivo de ampliar as reservas do país, arrecadando R$ 2,48 bilhões em bônus de assinatura.
Para realizar a atividade, a Petrobras, que recebeu a participação em 5 blocos que foram arrematados pela empresa Total E&P, tenta checar se, de fato, há petróleo suficiente na costa do Amapá, a 540 quilômetros de distância da Foz do Rio Amazonas. O projeto vem sendo chamado de “novo pré-sal” e a região vai até o Rio Grande do Norte.
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