'Leva dignidade para as comunidades remotas', destaca governador Clécio Luís em ação do programa Mais Sorrisos, na Vila Maranata
Governador acompanhou ações deste sábado, 23, na região ribeirinha de Mazagão. Programa leva serviços gratuitos e eficientes de odontologia para áreas remotas.
Atendimentos seguem até esta terça-feira, 26, na região ribeirinha, banhada pelo rio Ajuruxi
A Vila Maranata, na foz do rio Ajuruxi, em Mazagão, recebeu mais um dia de atendimentos gratuitos e de alta qualidade neste sábado, 23, durante a ação do programa Mais Sorrisos, que segue no local até a próxima terça-feira, 26. O governador do Amapá, Clécio Luís, acompanhou de perto neste sábado, 23, os atendimentos ofertados para mais de 700 ribeirinhos.
O programa oferta serviços de média e alta complexidade especializados de odontologia e é coordenado pela cirurgiã dentista e primeira-dama do Estado, Priscilla Flores, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e parceiros. O projeto conta, ainda, com emenda de R$ 4 milhões, do senador Randolfe Rodrigues e participação da iniciativa “Projeto 32”, que realiza trabalhos de saúde bucal há 12 anos na Região Amazônica.
“O Mais Sorrisos se consolida como um programa que leva dignidade para comunidades remotas do Amapá por meio de atendimentos odontológicos de alta complexidade com tudo que há de mais moderno. Estamos trazendo esses serviços, junto com outros, para garantir, principalmente, serviços de saúde bucal, mas também de outras áreas da saúde para essas populações, com garantia de conforto, agilidade, prevenção e atendimentos sem dor”, reforçou o governador ao acompanhar os atendimentos.Experiência a ser replicada
A coordenadora geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo, acompanha a ação realizada na comunidade Maranata. Ela defende que o formato da iniciativa do Amapá seja referência para ser replicado em regiões remotas pelo país.
“Viemos aqui para acompanhar todo esse processo de perto. A importância dessa ação para essas populações mais afastadas é inestimável. Geralmente, nessas condições, a única opção do cirurgião dentista é a extração. Mas aqui não é assim. Tenho certeza que o Amapá está mostrando um salto na odontologia, que pode mudar os rumos da saúde bucal no SUS”, ressaltou a representante do Ministério da Saúde, Doralice.
Titular da Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Amapá, o promotor de Justiça Weber Penafort visitou a comunidade neste sábado, onde conheceu de perto o programa.
“Conheci comunidades que não mudaram nada em 30 anos. Mas uma ação como esta pode mudar essa realidade, basta alguém que pense diferente e faça a diferença”, reforçou o promotor.
As equipes estão dispostas em dois ambientes: a Unidade Básica de Saúde Fluvial, cedida pela Prefeitura de Mazagão, que também apoia o projeto, e a Escola Municipal Comunidade Maranata. As comunidades adjacentes, localizadas na foz do Rio Ajuruxi, também recebem os serviços de saúde, garantindo o acesso à toda a população da região.
Além dos serviços de odontologia, também são ofertados serviços clínicos gerais e especializados para a população, além de assistência farmacêutica, psicológica e exames laboratoriais.
Alta tecnologiaEsta é a segunda etapa do programa, garantindo serviços odontológicos especializados, com auxílio da alta tecnologia, em regiões, que muitas vezes, o atendimento chega somente na atenção básica.
Durante as atividades, são usados equipamentos de última geração, como motores para tratamento de canal, raio-X digital, ultrassom e scanners digitais.
“Trouxemos para cá atendimentos odontológicos de alta e média complexidade. Os moradores podem, por exemplo, fazer tratamento de canal, pinos, coroa, reabilitação, tudo na mesma sessão, saindo daqui com um sorriso novo. É um trabalho contínuo”, explicou a coordenadora e idealizadora do programa Mais Sorrisos, Priscilla Flores.
Os tratamentos ofertados seguem o protocolo aplicado pelo Projeto 32, parceiro da ação e que realiza trabalhos especializados na Amazônia há 12 anos.
“Antes da ação fizemos um treinamento com 12 profissionais do Amapá para que eles possam dar continuidade ao trabalho que iniciamos aqui com este protocolo, que permite um tratamento de alto nível mesmo em regiões remotas. É uma parceria de duas vias, que deu certo e se tornou muito especial para nós”, afirmou o coordenador do Projeto 32, Manoel Machado.
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