Mais Sorrisos: protocolo de odontologia especializada garante agilidade e eficiência no tratamento de ribeirinhos, em Mazagão
Ação faz parte da parceria do Governo do Amapá com o Projeto 32, iniciativa que leva odontologia especializada para regiões remotas.
Protocole envolve tratamentos de endodontia e dentística
Distante cerca de 72 quilômetros de Macapá, a Vila Maranata, em Mazagão, recebe até esta terça-feira, 26, a 2ª edição do programa Mais Sorrisos, promovido pelo Governo do Amapá. Com a iniciativa, os ribeirinhos da região têm acesso a tratamentos odontológicos de alta complexidade em uma única sessão, evitando deslocamentos frequentes e diminuindo o tempo de consultório.
O Mais Sorrisos é coordenado pela cirurgiã dentista e primeira-dama do Estado, Priscilla Flores, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e parceiros. O projeto conta, ainda, com emenda de R$ 4 milhões, articulada pelo senador Randolfe Rodrigues, e participação da iniciativa “Projeto 32”, que realiza trabalhos de saúde bucal há 12 anos na Amazônia.
Em sua primeira vez no Amapá, o Projeto 32 leva à comunidade ribeirinha tratamentos de endodontia, área que cuida do interior dos dentes, e dentística, especialidade voltada à estética dos dentes. Os serviços são executados por uma equipe multidisciplinar composta por dez profissionais, incluindo especialistas, mestres e doutores.
Com apoio da empresa multinacional Dentsply Sirona, a ação conta com equipamentos de última geração, que permitem a confecção e restauração de dentes de forma ágil, reduzindo a reabilitação dentária para uma sessão, ao invés de três ou quatro. Mais eficiência e agilidade
A estratégia elimina o uso de curativo e reduz as chances de possíveis infecções bacterianas, que geram problemas sistêmicos. Outro benefício é a maior celeridade e eficiência em um dos principais tratamentos odontológicos, o de canal. A técnica foi desenvolvida pelo coordenador do projeto, o dentista Manoel Machado, que possui mais de 30 anos de experiência em endodontia.
Segundo Machado, o Brasil está quase em primeiro lugar no mundo em publicação científica com alto nível de investigações em odontologia, mas, ao mesmo tempo, técnicas, protocolos e materiais específicos tornam o valor dos tratamentos menos acessível à população. Através de novas tecnologias, o protocolo mais simples e rápido melhora a relação custo-benefício e permite o acesso a serviços odontológicos de alta complexidade gratuitos para regiões remotas.
“A proposta do projeto, há 12 anos, foi desenvolver protocolos técnicos para uma endodontia com a melhor relação custo-benefício. Dessa maneira, há mais acesso da população ao tratamento odontológico. Nós vamos às regiões de difícil acesso porque é uma maneira muito interessante de mostrar para as grandes capitais do Brasil e do exterior a possibilidade de você fazer um tratamento desse nível mesmo em locais mais distantes”, reforça Machado.
Legado ao Amapá
Doze profissionais de Saúde Bucal do Estado, especialistas em endodontia e tratamento de canal, foram capacitados com a técnica desenvolvida pelo projeto, que também é replicada em 11 países das Américas Central e do Sul. Os profissionais do Amapá serão responsáveis por serem multiplicadores da técnica em todo estado, garantindo um serviço público de saúde bucal mais ágil, eficiente e seguro.
“Desde o primeiro contato, o Projeto 32 mostrou se muito receptivo e animado em vir pra cá não só realizar a ação, mas capacitar nossos profissionais para que eles, além de realizar o atendimento no nosso estado, eles ainda sejam multiplicadoras da técnica para cada vez ter uma rede maior de apoio para levar odontologia de qualidade até a nossa população’, pontua a coordenadora do programa Mais Sorrisos e primeira-dama do Amapá, Priscila Flores.
Projeto 32
Com o lema ‘Todos os dentes importam’, o Projeto 32 é uma iniciativa sem fins lucrativos que realiza trabalhos voluntários de odontologia em regiões remotas. Na Amazônia, a iniciativa atua há 12 anos. A ação que acontece na Vila Maranata, em Mazagão, é a primeira do projeto em parceria com um órgão de Estado.
A voluntária Daniella Simon, de 26 anos, está há dois anos no mercado e integrou o projeto em 2024. A primeira ação dela, fora de São Paulo, onde reside, foi na Vila Maranata, na foz do Rio Ajuruxi, onde vivem cerca de 700 ribeirinhos. A dentista participou de procedimentos marcantes que levaram dignidade para pessoas como o agricultor Elienaldo Costa, e para a costureira, Alcinete dos Santos, que veio das Ilhas do Pará.
“Uma experiência que não existe igual. A gente vem aqui para ajudar, mas a gente ganha mais do que doa. É minha primeira vez, eu realmente estou encantada pela experiência de poder viver tudo isso, de poder ajudar o outro e entregar esta tecnologia que não existe igual para pessoas que moram tão distantes e que com certeza não teriam acesso se não fosse essa parceria entre o Estado e o projeto”, relata Daniella.
Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!