‘Estamos indo cumprir nossa missão de ajudar o próximo’, conta militar do Amapá ao embarcar para missão humanitária no Rio Grande do Sul
Subtenente e especialista em resgaste, Aline Bastos é a única mulher na equipe de 16 bombeiros que foram nesta segunda-feira, 6, para o Sul do País.
Aline está há 15 anos na corporação
O Governo do Estado enviou uma equipe de profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá ao Rio Grande do Sul para prestar apoio nas ações de salvamento de vítimas das enchentes. Entre os 16 militares que embarcaram nesta segunda-feira, 6, está a subtenente Aline Bastos, especialista em busca e resgates em estruturas colapsadas e única mulher a compor o grupo.
Há 15 anos na corporação, a militar reforça que o trabalho passa por uma ação conjunta de unir esforços para atuar em situações emergênciais. Ela conta que a vontade de servir e ajudar as pessoas foi o que motivou a embarcar na missão para o outro extremo do país.
“Não olhamos a quem, a gente olha pessoas, independentemente de qualquer coisa. Nós somos um grande grupo, uma grande família e hoje são nossos irmãos do Sul que estão precisando do nosso apoio e sempre que uma parte da nossa grande equipe precisa, nós, prontamente nos colocamos à disposição para dar o apoio necessário e é isso que estamos fazendo”, comenta Aline. Comandando a equipe amapaense, que têm previsão de chegar ao Rio Grande do Sul na sexta-feira, 10, está o major Aderaldo Leite, que é especialista no salvamento aquático em áreas inundadas e deslizamentos. A previsão é que os militares permaneçam 30 dias no estado gaúcho prestando toda a assistência à população afetada.
"Eu recebi essa missão de comandar os militares nessa tarefa no Sul do Brasil. Estamos indo com profissionais militares que são multitarefas, especializados em várias áreas. Há especialistas em salvamento terrestre, salvamento enchente, mergulhadores de resgate, buscas e resgate em estruturas colapsadas. Então, são mergulhadores que têm experiências nessas áreas. A gente sabe que vai encontrar um cenário de destruição, mas nesse momento a gente tem que elevar o nosso profissionalismo e tentar ajudar o próximo", concluiu o major. O subtenente Alberto Neto faz parte dos mergulhadores que embarcaram para o trabalho no Sul do país. Ele está há 16 anos no Corpo de Bombeiros Militar do Amapá e reforça que essa é mais uma tarefa que faz parte da carreira e da escolha profissional.
“Nós estamos indo para sermos autossuficientes. Não estamos levando demandas, mas queremos ajudar fazendo o nosso melhor. Já atuamos aqui no Estado como mergulhadores em diversos desastres, como o naufrágio do Navio Anna karoline III, então é uma equipe altamente experiente, qualificada. Todos os militares que estão indo têm experiência em diversos desastres, inclusive nacional”, frisou o subtenente. O coordenador da Defesa Civil do Estado e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Verissímo explicou que a equipe que está sendo enviada já estava de prontidão. Ele detalhou que a Liga Nacional dos Bombeiros (Ligabom), cujo comando é do estado de Goiás, centralizou essa coordenação do envio de tropas, em conjunto com o comando de operação do Rio Grande do Sul, que tem hoje 340 municípios em estado de calamidade pública.
“Nós estamos fazendo esse deslocamento de uma forma coordenada. O comando da operação do Rio Grande do Sul vai distribuir nossos militares para uma determinada área e eles manterão contato conosco diariamente para passar informações sobre a realização das atividades. A principal ajuda nesse momento é justamente busca, resgate e salvamento das pessoas”, reforçou Veríssimo. Equipe especializada
A equipe amapaense é composta por 4 mergulhadores; 12 especialistas em salvamento e busca terrestre, operações em desastres, busca e resgate em estruturas colapsadas, em deslizamento, áreas inundadas, piloto de embarcação, soterramentos, enchentes e inundações, entre outros.
Os militares já atuaram no naufrágio do navio Anna Karoline III, em 2020 no Amapá, nas enchentes que atingiram Petrópolis no Rio de Janeiro em 2022, o estado de Rondônia, em 2014, e na missão humanitária em Moçambique, no Continente Africano, após o desastre do ciclone Idai e Kenneth em 2019.
SOS Rio Grande do Sul
Diante da situação de calamidade pública enfrentada pelos gaúchos, o Governo do Rio Grande Sul reativou o canal de doações SOS Rio Grande do Sul. Foi restabelecida a chave PIX (CNPJ: 92.958.800/0001-38), vinculada à conta bancária criada pelo Banrisul.
Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades. Com o canal oficial de doações, o governo centraliza a ajuda financeira, fornece segurança ao doador e amplia a transparência do dinheiro, uma vez que a movimentação dos recursos passará por auditoria e fiscalização do poder público.
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