Eleições 2024: Governo do Estado e TRE assinam portaria que estabelece Lei Seca durante pleito municipal no Amapá
Medida entra em vigor às 22 horas deste sábado,5, ficando ativa às 18 horas de domingo, 6.
Desembargador Carmo Antônio e o secretário de Segurança Pública, José NetoO Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulgou a portaria que trata sobre o consumo, venda e fornecimento de bebidas alcoólicas durante o pleito municipal. A chamada "Lei Seca" foi assinada e publicada na sexta-feira, 4, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e entra em vigor às 22h deste sábado, 5, ficando ativa ate às 18h de domingo, 6, dia da eleição.
O documento foi estabelecido após tratativas entre o TRE-AP e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em que foi considerado que o uso de bebida alcoólica geralmente é causa de grandes transtornos à ordem social, devido aos excessos cometidos por algumas pessoas.
De acordo o desembargador Carmo Antônio de Souza, presidente em exercício do TRE-AP, é dever da Justiça Eleitoral assegurar a ordem para que o processo de votação se desenvolva com normalidade, sem qualquer perturbação.
"Conversamos com o secretário de Segurança Pública [José Neto] e chegamos a conclusão que nosso estado tem certas particularidades que justificam a edição. Não somos contra as pessoas beberem, só não queremos que o consumo em local público, possa atrapalhar o andamento normal das eleições, porque sabemos que a bebida alcoólica é um incentivador da violência e queremos exatamente o contrário: a paz", disse o magistrado.
As fiscalizações serão intensificadas nos 16 municípios do Amapá, com as supervisões sendo feitas pelas polícias Militar, Civil e Federal. O descumprimento da portaria pode gerar prisões em flagrante por crime eleitoral.
Para o secretário de Segurança Pública, a decisão é assertiva pois evita que haja confusões generalizadas, principalmente, após o término das contagens de votos.
"O álcool acaba sendo um combustível, um incentivador da violência, confusão e ameaças. E em um dia que as emoções estarão a flor da pele, isso acaba sendo um gatilho. Vale destacar que o consumo não está proibido no ambiente particular, o que se está proibindo é o consumo em locais públicos e o comércio desses produtos. Importante também é o eleitor ter consciência de cidadania e não comparecer as sessões de votação sob o efeito dessas bebidas", argumentou José Neto.
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