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'Faremos um trabalho inédito', diz pesquisadora sobre expedição na Reserva Iratapuru em Laranjal do Jari

Rafaela Fersozza coordena equipe do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e de Nova Iorque que vai em busca de novas espécies da biodiversidade amapaense.

Por Alexandra Flexa
09/10/2024 19h00

Rafaela Fersozza, coordenadora da equipe de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Botanical de Nova Iorque Rafaela Fersozza, coordenadora da equipe de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Botanical de Nova Iorque Em parceria com o Governo do Estado, pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e do Botanical de Nova Iorque estão no Amapá para participar da 4ª expedição de campo do “Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade – Programa Monitora, que vai coletar amostras de novas espécies para a criação do primeiro banco de dados da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, no Vale do Jari, na região Sul.

A expedição também vai capacitar a equipe local na área de pesquisa. A equipe iniciou o deslocamento na terça-feira, 8. A coordenadora da equipe de pesquisadores, Rafaela Fersozza, explica que a partir da coleta de plantas, será elaborda uma lista de espécies para criar o banco de dados da reserva.

"Nossa expectativa é implementar à equipe local o que chamamos de protocolo básico e avançado de plantas, onde temos parcelas permanentes que serão monitoradas para sempre, especialmente as árvores. Quando começamos a monitorar as plantas, a gente quer ver a saúde da floresta, como ela está, se vai estar saudável ao longo dos anos. Faremos um trabalho inédito", destacou a coordenadora. 

Equipes de pesquisadores em reunião de alinhamento Equipes de pesquisadores em reunião de alinhamento Durante o trabalho de campo, que será realizado até o dia 26 de outubro, os pesquisadores farão a marcação das árvores que serão monitoradas e a cada cinco anos, elas são remedidas. Esse acompanhamento vai revelar se ocorreu incorporação de carbono e se há mortalidade de plantas acima do esperado. É um diagnóstico de saúde da floresta com informações detalhadas e precisas.

Para o pesquisador do Botanical de Nova Iorque, Flávio Obermuller, a expedição é muito valiosa para a troca de experiências e conhecimento. Além de ser um verdadeiro inventário da biodiversidade do Sul do Amapá.

Pesquisador do Botanical de Nova Iorque, Flávio ObermullerPesquisador do Botanical de Nova Iorque, Flávio Obermuller“A pesquisa é um ganho para a natureza e para a ciência com novas descobertas de espécies. A RDS do Rio Iratapuru é rica em espécies plantas, o Programa tem uma média para Amazônia que a cada seis coletas importantes que a gente faz, uma é um novo registro para o estado e a cada 30, uma é um novo registro para a ciência. Numa expedição como essa de 20 dias, a média de coleta é de no mínimo mil amostras de plantas, significa que teremos muitas novidades”, ressaltou o pesquisador.

Os pesquisadores irão demarcar áreas previamente selecionadas, onde serão coletadas amostras e folhas para análises posteriores em laboratórios. O trabalho de campo também vai utilizar sistemas de GPS para o georeferenciamento, garantindo precisão da localização. Os resultados irão compor o banco de dados do Programa Nacional, além de gerar publicações para a comunidade científica e acadêmica.

Coordenador de Gestão de Unidade de Conservação e Biodiversidade da Sema, Euryandro CostaCoordenador de Gestão de Unidade de Conservação e Biodiversidade da Sema, Euryandro Costa“As ações do programa de monitoramento da biodiversidade na RDS do Rio Iratapuru é uma ferramenta muito importante para a gestão dessa Unidade de Conservação, onde tornará possível criar estratégias para atenuar as pressões sobre essa área e, inclusive, ajudar a entender como as mudanças climáticas afetarão as nossas florestas”, explica o coordenador de Gestão de Unidades de Conservação e Biodiversidade, Euryandro Costa. 

Programa Monitora

O Programa Nacional Monitora, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Dividido em três subprogramas terrestre, aquático continental, marinho e costeiro ele é executado dentro das Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e atua através de expedições de campo, contribuindo para a proteção dos ecossistemas florestais e para o avanço do conhecimento científico sobre as plantas lenhosas na região amazônica.

Pesquisadores iniciam expedição de 20 dias na RDS do Rio IratapuruPesquisadores iniciam expedição de 20 dias na RDS do Rio IratapuruReserva do Rio Iratapuru

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru é uma unidade de conservação estadual localizada nos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão e Pedra Branca do Amapari.

A expedição é uma ação do Governo do Estado, coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) com o apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Programa Arpa) que visa garantir informação de qualidade para a avaliação contínua da efetividade da Unidade de Conservação.

Desde 2020, o Programa vem sendo executado dentro da RDS do Rio Iratapuru com o monitoramento de aves cinegéticas, borboletas frugívoras e mamíferos de médio e grande porte.

Reunião de alinhamento define ação da expediçãoReunião de alinhamento define ação da expedição

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