Pedro mora em Mazagão e foi um dos 2 mil profissionais que trabalharam na construção da ponte no Rio Matapi
Pedro: “É muita satisfação. Chega de sofrimento nas balsas. Estamos contando os dias para que a ponte seja inaugurada"
Sair de Mazagão para trabalhar em outros municípios. Essa é a rotina do operário Pedro Lopes, que atua na manutenção de canteiros de obras. Há dois anos e quatro meses, seu posto de trabalho ficou mais próximo de casa. No primeiro dia na nova obra, Pedro percebeu que era ali que ele construiria um sonho: a ponte sobre o rio Matapi.
Pedro tem 59 anos, desses, 21 morando no município de Mazagão e está entre os dois mil trabalhadores que atuaram na construção da ponte, denominada Ponte da Integração Washington Elias dos Santos. Além desses, outros 60 profissionais atuaram na obra de acesso e mais 5 mil empregos indiretos foram gerados em todo o processo.
Assim como outros moradores, o operário sempre imaginou como seria o dia em que deixariam de atravessar nas balsas e passariam a utilizar a ponte que liga Mazagão à Macapá e Santana. “É muita satisfação. Chega de sofrimento nas balsas. Estamos contando os dias para que a ponte seja inaugurada. Estou satisfeito como profissional e como morador. Saber que eu fiz parte desse processo me deixa emocionado”, disse Pedro.
Foi motivado por esse sonho que dia após dia, o operário dedicou seu tempo e esforço para contribuir com a construção da ponte. Para Lopes não era apenas o trabalho, mas também uma realização pessoal. Enquanto olhava a obra pronta, lembrou das dificuldades. A demora na fila para a balsa, que em alguns dias era de até duas horas.
Da filha que precisava ir para o curso de enfermagem em Macapá e chegava em casa meia noite. “Era preocupante. Minha filha precisava estudar e voltava muito tarde para casa porque tinha que esperar a balsa”, lembrou.
O sonho do Pedro, é também o do João, da Ana e de tantos outros trabalhadores, estudantes, mazaganenses e macapaenses que esperaram por esse momento.
A ponte ficou pronta e será inaugurada na segunda-feira, 12, por onde atravessarão novos sonhos, realizações, progresso e a integração de um povo que acredita em dias melhores. O trabalho chegou ao fim e a sensação que fica é de “Dever cumprido. Sonho realizado”, afirmou Lopes.
Eixo econômico
Além de fomentar a construção civil, a Ponte da Integração vai melhorar o escoamento das produções agrícola, artesanal e extrativista do município de Mazagão e do Sul do Estado, além de permitir um serviço fundamental para o desenvolvimento econômico do Amapá: o transporte de matéria-prima para as indústrias da Zona Franca Verde (ZFV) de Macapá e Santana.
O empreendimento do empresário Irã Borges será um dos beneficiados pela nova estrutura. Ele pretende instalar uma indústria para processamento de castanha do brasil. A fábrica foi projetada para descascamento e empacotamento a vácuo. A fruta também será transformada em farinha e azeite de castanha. A fábrica terá capacidade para beneficiar 48 mil kg de castanha por mês.
Segundo Borges, a matéria-prima para sua indústria vem do Sul do Estado, dos municípios de Laranjal e Vitória do Jari. A Ponte da Integração será o elo final da rota de escoamento da castanha. “Atualmente produzo em uma cooperativa no sul do Estado, mas produzo pouco. Com a indústria, poderei produzir os derivados da castanha em alta escala e gerar muitos empregos”, prevê o empresário.
A obra que será inaugurada na próxima segunda-feira, 12, é composta pela Ponte, no modelo balanço sucessivo, e pela ligação da cabeceira da edificação à extensão da rodovia AP-010, além de seis alças viárias que dão acesso ao complexo de empresas localizadas no Distrito Industrial.
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