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Seed realiza visita técnica em escolas do Arquipélago do Bailique

Objetivo é avaliar a estrutura dos prédios afetados pela erosão e trabalhar o planejamento pedagógico e logístico.

Por Redação
16/01/2017 12h19

Escola Estadual Júlia Bruno, na comunidade Ponta da Esperança, está ameaçada pela erosão

Durante a operação realizada pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) no arquipélago do Bailique, a equipe técnica da Secretaria de Estado de Educação (Seed) realizou uma inspeção nas principais escolas localizadas na região. A visita teve como objetivo avaliar as condições estruturais dos prédios diante do fenômeno das terras caídas, além de realizar tratativas com a comunidade sobre o planejamento pedagógico e logístico nas instituições.

O trabalho ocorreu nas comunidades de Vila Progresso, Vila Macedônia, Ponta da Esperança, Igarapé Grande do Curuá, Limão do Curuá, Franquinho, Igarapé Grande da Terra Grande, Itamatatuba e Junco.

Durante as ações a equipe técnica se reuniu com diretores, professores e representantes da comunidade para explicar quais ações estão sendo tomadas pela Seed para garantir que o ano letivo referente a 2016 seja finalizado em algumas escolas e o planejamento para o próximo ciclo escolar.

“Estamos representando vários núcleos da secretaria para sugerir alternativas e ouvir a comunidade para solucionar problemas relacionados à merenda, transporte, escolar e reordenamento de alunos e professores nas escolas localizadas na região de risco”, explicou o titular do núcleo educacional metropolitano, William Duarte.

No sábado, 14, foi realizada uma reunião na Escola Estadual Júlia Bruno, na comunidade Ponta da Esperança. Ela é uma das duas instituições que podem ter a estrutura comprometida com o avanço da erosão. A outra é a escola de Itamatatuba.

Na reunião, o coordenador da operação do GEA e representante da Defesa Civil Estadual, tenente coronel Frederico Medeiros, explicou à comunidade sobre o fenômeno que atinge a região e o trabalho do governo para amenizar os problemas na área.

“Inicialmente as equipes dos diversos órgãos estão fazendo os monitoramentos necessários para avaliar a gravidade da situação para que posteriormente possamos trabalhar junto ao gabinete do governador na parte preventiva, de conscientização e no reordenamento do espaço público estadual no arquipélago”, frisou.

A dona de casa Maria Terezinha dos Santos mora na região há 37 anos e pediu aos representantes que a escola continue na região. A instituição atende 28 alunos que cursam o Ensino Fundamental básico. “Aqui estudam meus netos e meus filhos também já passaram por essa escola. Estamos prontos para ajudar no que for preciso para manter a escola aqui”, declarou.

A coordenadora da rede física da Seed, Ana Kelen de Souza, explicou que há alternativas para manter a escola em funcionamento. Uma delas é a construção de um muro de contenção em madeira para evitar que a erosão avance na estrutura.

“É uma situação que precisa ser avaliada de forma conjunta, da Seed com os órgãos de segurança. Vamos emitir os laudos sobre a situação da escola e dentro de 30 dias teremos uma resposta do que será feito. Mas não descartamos a possibilidade de transferir esses alunos para escolas de comunidades próximas que estão com os prédios em melhores condições de segurança para as aulas de 2017, que começam em março”, disse Ana Kelen.

A professora Ana Silva trabalha na Escola Júlia Bruno há 14 anos e avaliou positivamente o trabalho da Seed nas escolas localizadas nas comunidades ribeirinhas. “Antes não era assim, o diretor que precisava ir para Macapá e relatar os problemas que a nossa escola passa. A equipe visitando a escola é melhor porque eles mesmos podem ver a situação que estamos passando com esse fenômeno”, declarou.

A comunidade foi informada também que para o ano de 2017, a Seed vai trabalhar na reforma das escolas localizadas nas áreas não afetadas pela erosão e também realizar as tratativas junto a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf) para inaugurar outras seis escolas, das quais as obras não foram concluídas. Elas estão localizadas nas comunidades Igaçaba, Junco, Carneiro, Vila Macedônia, Franquinho e Igarapé Grande da Terra Grande.

“Grande parte dessas escolas está com as obras com mais de 80% concluídas. Vamos buscar resolver junto à Seinf a questão burocrática desses empreendimentos e buscar resolvê-los. Essas escolas funcionando vai melhorar no reordenamento e na qualidade do ensino dos estudantes das áreas ribeirinhas”, concluiu a coordenadora da rede física da Seed.

Esta ação faz parte da operação conjunta do governo para atuar na região, que envolve o Instituto de Pesquisas Científicas do Estado do Amapá (Iepa), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims), Secretaria de Estado da Educação (Seed) e Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).

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