Brasil e Guiana Francesa simulam funcionamento da Ponte Binacional
Exercício é etapa preparatória para a abertura da ponte que liga Oiapoque a Guiana Francesa.
Governador Waldez Góes acompanhou a simulação feita na Ponte Binacional, que liga Oiapoque à Guiana Francesa
A simulação de funcionamento da Ponte Binacional, que liga Oiapoque à Guiana Francesa, ocorreu na tarde desta segunda-feira, 16. No local cinco carros do lado brasileiro e cinco carros do lado francês foram selecionados para realizar situações diferentes. O governador do Estado do Amapá, Waldez Góes, participou do evento acompanhado de uma comitiva de governo e de órgãos federais brasileiros que também atuaram no simulado.
O primeiro momento ocorreu na aduaneira francesa, onde órgãos de fiscalização federal de ambos os países e os representantes dos governos participaram de uma reunião de nivelamento de como ocorreria a parte prática. Tudo acertado e todos os agentes posicionados, então iniciou o exercício. Um carro partiu da Guiana e foi parado no posto de fiscalização. Os documentos foram verificados no sistema e o veículo vistoriado. Como estava tudo dentro da legalidade, pôde seguir viagem rumo ao município de Oiapoque.
No lado brasileiro, o parque aduaneiro ainda não está finalizado, mas não foi impedimento para atuação no evento. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) montou uma barreira para mostrar como os órgãos brasileiros atuarão nas fiscalizações.
Esse foi o cenário da ponte até as 16h. A cada 10 minutos, um carro passava para testar situações como falta de documento, mercadorias sem declaração e outras hipóteses que poderão ocorrer quando a ponte estiver liberada para tráfego.
Para o chefe do Executivo, a simulação é uma etapa necessária para que os órgãos desempenhem os papéis e garantam a segurança e direito das populações brasileira e francesa. “Com essa simulação percebemos que tanto os órgãos brasileiros quanto os franceses estão preparados para atuar. Precisamos avançar em alguns pontos, como a finalização do parque aduaneiro, mas não é nada que o Brasil não possa cumprir”, explicou Góes.
O governador destacou ainda que essa simulação é resultado das tratativas na Comissão Mista Transfronteiriça (CMT). “Fico feliz, pois todas as tratativas que fizemos dentro da CMT estão sendo cumpridas”, afirmou.
Alguns moradores de Oiapoque foram selecionados para participar da simulação. José Ribamar Brito, catraieiro, conduziu um dos veículos que saiu de Oiapoque com o intuito de ir para São Jorge, via ponte. “Importante participarmos dessa simulação para saber como realmente vai funcionar. Fiquei sabendo, por exemplo, que para ir para o lado francês preciso fazer um seguro”, informou o catraieiro.
O prefeito da Guiana, Martin Jaeger, avaliou positivamente a atividade. “Tudo que foi planejado está sendo executado e foi possível observarmos a segurança dos postos. Alguns pontos continuaremos tratando na CMT”.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Justiça Federal também participaram do evento. Outros simulados serão realizados até a abertura provisória da ponte, sem data definida, pois depende da finalização das obras realizadas pelo governo federal no parque aduaneiro do lado brasileiro.
Na quinta-feira, 19, o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM-AP) fará um simulado de emergência na ponte para alinhar os protocolos de atendimento no caso de um acidente na ponte.
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